Quem é o sorocabano que vai estrear performance em NY dirigida por Bob Wilson, um dos principais nomes do teatro no mundo


‘Anamnese’, do sorocabano Robson Catalunha, estreia neste sábado (27), em um festival de artes que contará com obras de artistas de mais de 15 países. Bob Wilson (à esquerda) e Robson Catalunha (à direita)
Arquivo pessoal
O sorocabano Robson Catalunha vai estrear, neste sábado (27), a performance do espetáculo “Anamnese” em Nova York, nos Estados Unidos. A apresentação conta com a direção de Bob Wilson, um dos principais artistas teatrais e visuais do mundo.
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A apresentação será no The Watermill Center, em uma espécie de festival que contará com obras de artistas de mais de 15 países, entre eles Lucinda Childs, Cocorosie e Mykki Blanco.
Em “Anamnese”, Catalunha continua sua investigação sobre mutações genéticas, cirurgias estéticas e seres fantásticos, que teve início em “O Híbrido”, e apresenta duas linhas diferentes.
A primeira versa sobre a interferência das novas tecnologias sobre os corpos. Já a segunda pretende promover a reflexão sobre o conceito de corpo a partir de experimentos genéticos realizados com seres humanos e animais.
“Este é meu quarto ano aqui no Watermill Center e meu quinto trabalho com Bob Wilson. São experiências que ficarão tatuadas na memória para toda a vida”, relata.
Robson Catalunha em ‘O Híbrido’
Tiago Macambira
Robert Wilson
Robert Wilson está entre os principais artistas teatrais e visuais do mundo, com trabalhos que integram, de forma não convencional, uma ampla variedade de meios artísticos, como dança, palavra, iluminação, escultura e música.
Suas produções já tiveram parcerias com artistas como Mikhail Baryshnikov, Philip Glass, Laurie Anderson, Marina Abramovic, Willem Dafoe, Lady Gaga, Heiner Müller, Lou Reed, Tom Waits e Rufus Wainwright.
Em 2016, Wilson dirigiu “Garrincha – Uma Ópera de Rua”, sua primeira produção inédita com elenco brasileiro, com Robson Catalunha entre os artistas.
Robson Catalunha
Robson já trabalhou durante uma década com Os Satyros, participou do espetáculo “Why The Horse?”, de Maria Alice Vergueiro e, nos últimos anos, desenvolveu e participou de projetos na América do Sul, África, América do Norte, Europa e Ásia, concebendo, dirigindo, produzindo e atuando em trabalhos que mesclam elementos do cinema, da performance, do teatro e da realidade virtual.
O primeiro trabalho de Catalunha neste território foi criado em 2018, no Programa Internacional de Verão do The Watermill Center, uma espécie de laboratório de criação de Bob Wilson, em Hamptons, que anualmente reúne artistas de diversas áreas e diversos países em uma espécie de residência artística que resulta em um festival de artes.
Durante sua primeira experiência no Programa Internacional de Verão, Catalunha criou “O Híbrido”. Em 2020, durante a pandemia, o trabalho foi adaptado para uma obra em realidade virtual e que foi exibido em mais de 20 países, sendo indicado ao Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo seu caráter tecnológico inovador.
Também foi selecionado para o Marché du Film do Festival de Cinema de Cannes; Festival de Cinema de Turim (Itália) e Festival Internacional de Cinema de Santiago (Chile).
No ínicio de julho deste ano, Catalunha retornou ao The Watermill Center, pela quarta vez, para participar novamente do Programa Internacional de Verão, onde irá estrear a performance “Anamnesis”, segunda parte de uma trilogia iniciada com “O Híbrido” e que constitui a primeira parte de um novo projeto.
“Poder trabalhar e conviver diariamente com um artista como Bob Wilson, um dos mais importantes artistas do teatro mundial, podendo acompanhar de perto seu processo de criação, é uma experiência inenarrável e transformadora”, finaliza.
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