Ucrânia: ajuda militar mais rápida é mais importante do que recrutar mais homens

A Ucrânia pediu a seus parceiros, nesta quinta-feira (28), que acelerem o envio de ajuda militar, dizendo que uma entrega mais rápida de equipamentos essenciais para o campo de batalha era mais importante do que recrutar mais homens.

Um alto funcionário do governo dos EUA disse na quarta-feira que a Ucrânia não estava mobilizando novos soldados suficientes para substituir as perdas no campo de batalha e pediu que Kiev reduzisse a idade de recrutamento de 25 para 18 anos.

“Estamos agora em uma situação em que precisamos de mais equipamentos para armar todas as pessoas que já foram mobilizadas, e achamos que a primeira prioridade é enviar ajuda militar mais rapidamente”, disse Heorhii Tykhyi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, a repórteres em Kiev.

Sua declaração vai ao encontro de um comentário feito na quarta-feira pelo conselheiro presidencial ucraniano Dmytro Lytvyn, que criticou o que ele chamou de “ajuda militar lenta”.

“Não se pode esperar que a Ucrânia compense os atrasos na logística ou a hesitação no apoio à juventude dos nossos homens na linha de frente”, escreveu Lytvyn no X.

As forças de Kiev estão combatendo o avanço russo ao longo de uma extensa linha de frente, onde as tropas de Moscou estão capturando vila após vila na tentativa de eventualmente tomar toda a região industrializada do Donbass.

Tykhyi, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, acrescentou que a estratégia de mobilização da Ucrânia era discutida regularmente com parceiros, juntamente com outros tópicos, como estratégia de defesa e sanções à Rússia, mas negou que houvesse desacordo sobre o assunto.

“Posso confirmar que esse tópico está sendo discutido nas negociações. Posso refutar que esse seja um ponto de tensão ou que esteja sendo discutido de forma crítica ou negativa”, disse ele.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Ucrânia: ajuda militar mais rápida é mais importante do que recrutar mais homens no site CNN Brasil.

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