Suspeito de matar adolescente com golpe de capacete é preso ao desembarcar em aeroporto no AC


Suspeito de causar a morte do adolescente Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, em setembro deste ano, já havia sido identificado em outubro. Ele estava vivendo no Rio de Janeiro e decidiu retornar e se entregar à polícia. Suspeito pela morte de adolescente de 13 anos é preso ao desembarcar no Acre
O suspeito pela morte do adolescente Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, com um golpe de capacete na cabeça durante uma briga generalizada, foi preso nesta quinta-feira (12) ao desembarcar no Aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco. O crime ocorreu em setembro deste ano, (Confira vídeo com a prisão do suspeito acima)
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A prisão foi feita por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio da Polícia Federal (PF-AC), que o conduziu diretamente à autoridade policial que aguardava no local. O homem foi detido preventivamente ao retornar do Rio de Janeiro, onde estava desde o crime.
Além da prisão, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência de um homem conhecido como “Beba”, padrasto do suspeito. Durante as investigações, ele teria tentado assumir a autoria do crime para proteger o enteado. Porém, foi descoberto pela equipe da DHPP, que identificou o jovem como o suposto responsável pelo homicídio.
O delegado responsável pelo caso, Alcino Ferreira Júnior, titular da DHPP, explicou que o suspeito teria descoberto sobre o mandado de prisão enquanto ainda estava vivendo no Rio de Janeiro e então decidiu voltar ao Acre e se entregar. “A família nos avisou e monitoramos o voo para capturá-lo”, disse.
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Suspeito de matar adolescente de 13 anos com golpe de capacete já foi identificado, diz polícia
Suspeito foi preso nesta quinta-feira (12), ao desembarcar em Rio Branco
Asscom/Polícia Civil
O caso
O adolescente Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, morreu no dia 24 de setembro no Pronto-Socorro de Rio Branco três dias após ser atingido com um golpe de capacete na cabeça durante uma briga generalizada. O estudante teve traumatismo craniano e morte encefálica.
Ao g1, a consultora de ótica e irmã de Pedro, Lauana Kethlen, disse que a briga começou quando o irmão João Victor Costa Andrade, de 18 anos, foi até a casa do ex-padrasto e pai de criação pedir dinheiro para comprar o gás para a mãe dele.
O crime ocorreu na Travessa Osasco, bairro João Eduardo I, na Baixada da Sobral. O boletim de ocorrência foi registrado pela família na Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav).
“A minha mãe passou o dia todo sem água. Meu irmão de 18 anos [João Victor] chegou em casa e viu aquela situação, minha mãe com fome, e foi até a residência do meu ex-padrasto. Começou uma discussão entre meu irmão [João Victor] e meu ex-padrasto. Minha irmã que estava perto ligou para minha mãe contando que ele estava discutindo com o pai”, relembrou.
Pedro Henrique Costa Dias morreu após ser atingido por golpe de capacete na cabeça
Arquivo pessoal
Ainda segundo Lauana, o ex-padrasto estava com alguns amigos e parentes consumindo bebidas alcóolicas. Ao saber da confusão com o filho mais velho, a mãe de Pedro Henrique saiu de casa e foi até o local da briga.
No percurso, segundo Lauana, ela passou em frente da quadra que Pedro Henrique, vítima fatal, jogava bola e ele acompanhou a mãe. A consultora conta que a mãe não percebeu que o adolescente a seguiu até o local da confusão.
“Quando minha mãe chegou, estava a confusão, meu primo pegou a faca para matar meu irmão de 18 anos, tinha outro cara batendo nele, minha irmã estava sendo agredida por outras duas mulheres e minha mãe entrou no meio para que meu irmão não fosse morto a facadas. Nisso, minha mãe olhou pra trás e só viu o Pedro sendo agredido”, lamentou.
Agressão
Conforme Lauana, Pedro foi agredido logo que chegou no local. “Ele morreu sem saber do que aconteceu. Ele só chegou, ficou de costas na esquina. O rapaz, chamado Fabrício, chegou perguntando porque meu irmão de 18 anos tinha xingado a tia dele. Esse Fabrício se vingou no Pedro na raiva que estava da minha família. Foi uma briga generalizada”, recordou.
Lauana destacou que o suspeito de agredir Pedro Henrique é conhecido da família e amigo dos irmãos dela. “A pancada destruiu a cabeça do Pedro. Quando o João Victor viu o Pedro sendo agredido, pulou em cima dele e o segurou. Ainda teve tempo de olhar para o Pedro e perguntar se sabia quem ele era. O Pedro só respondeu: ‘é meu irmão’. Depois disso o Pedro virou e apagou”, recordou emocionada.
O adolescente foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado em estado grave para o PS. Os envolvidos na briga generalizada fugiram.
A consultora acrescentou que a família queria justiça pelo adolescente.
“Meu irmão era uma criança, era evangélico. Era inocente. Meu outro irmão está em estado de choque, ele apanhou muito de murro, chutes. Queremos justiça. Meu irmão será velado na mesma igreja que estava tocando violão minutos antes”, finalizou.
Memorial
Amigos e familiares de Pedro construíram um memorial com fotos e homenagens ao adolescente dentro da Escola Estadual Marilda Gouveia, na Baixada da Sobral, em Rio Branco, onde a vítima estudava.
“Fizeram cartazes, decoraram, colocamos a farda dele, escreveram sobre como ele era, deixaram recados. É uma forma de não deixar a memória do meu irmão ser apagada, não fez uma semana do sepultamento. É tudo ainda muito difícil. Terminamos de montar tudo na sexta [27] e no sábado foi inaugurado. Muitos alunos choraram, contou consultora de ótica e irmã de Pedro, Lauana Kethlen.
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