Mutirão arrecada alimentos em cidades gaúchas


Na Cavalgada do Bem, voluntários batem de porta em porta pedindo doação de alimentos não-perecíveis. Tudo é entregue ao Banco de Alimentos, uma instituição sem fins lucrativos que atende a entidades assistenciais de 31 municípios gaúchos. Moradores de mais de cem municípios gaúchos participam de cavalgada solidária
Moradores de mais de 100 municípios gaúchos participaram neste sábado (14) de uma cavalgada solidária.
Eles chamam a atenção por onde passam.
“A gente já vê o barulhinho dos cavalos, e a Manuela vem correndo, para ajudar também as outras crianças”, conta a doceira Cintia Eusébio Selau.
Na Cavalgada do Bem, voluntários batem de porta em porta pedindo doação de alimentos não-perecíveis. Tudo é entregue ao Banco de Alimentos, uma instituição sem fins lucrativos que atende a entidades assistenciais de 31 municípios gaúchos.
“A gente tem que ajudar quem precisa, principalmente nessa época tão difícil”, diz a aposentada Heloísa Cordeiro Sudate.
Mutirão arrecada alimentos em cidades gaúchas
Jornal Nacional/ Reprodução
Os voluntários são de CTGs – os Centros de Tradições Gaúchas – e outras entidades que preservam os costumes do campo.
“É gratificante conseguir participar dessa cavalgada e poder contribuir com as pessoas que estão precisando”, afirma a dona de casa Maria Celoi Castro.
“Isso te faz um bem do caramba, e para quem recebe melhor ainda, porque pelo menos vai ter um Natal. Muita criança vai ganhar um alimento que às vezes nem tem”, diz o motorista de ônibus Tupinanbá Dias Ribeiro.
A cavalgada é realizada desde 2019. Em cinco edições, arrecadou 5 milhões de toneladas de alimentos, que se transformaram em 15 milhões de refeições distribuídas. Em um ano especialmente desafiador para os gaúchos, por causa do desastre ambiental de maio, ações de solidariedade se tornam ainda mais importantes. Em 2024, 201 grupos de 101 municípios gaúchos fizeram inscrição para participar da Cavalgada do Bem.
“E isso, com certeza, demonstra que o povo gaúcho, mesmo com tantas dificuldades que passou, se solidariza. Então, é só gratidão às pessoas que estão doando para quem mais necessita”, diz Rodrigo Martins Oro, patrão de CTG.
“A parceria, a união, é um resgate para o nosso Rio Grande do Sul se reconstruir. Só através do amor, da fraternidade e do respeito ao próximo que a gente constrói um novo país, um novo Rio Grande do Sul”, diz a manicure Cláudia Erves.
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