Menino de 3 anos morto com hematomas em Campinas tinha lesões compatíveis com violência doméstica e sexual, diz Polícia Civil


Padrasto foi preso por estupro de vulnerável resultante na morte da vítima. Menino foi socorrido por vizinho e deu entrada em UPA com parada cardíaca. Segundo a corporação, equipe médica constatou as lesões. Homem é preso por estupro de vulnerável após enteado de 3 anos morrer em Campinas
Arquivo pessoal
O menino de 3 anos, morto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Anchieta, em Campinas (SP), após passar mal e apresentar diversos hematomas pelo corpo, tinha lesões compatíveis com violência doméstica e sexual, segundo relato da Polícia Civil à EPTV, afiliada da TV Globo. O padrasto do garoto, de 29 anos, foi preso por estupro de vulnerável resultante na morte da vítima.
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O óbito da criança aconteceu no domingo (15). O homem vai passar por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (16). Em depoimento, ele negou o crime. Se for condenado, o suspeito pode pegar até 30 anos de prisão. A polícia afirmou à EPTV que as lesões compatíveis com violência doméstica e sexual foram constatadas pela equipe médica que atendeu o menino na UPA.
A criança foi levada à unidade de saúde por um vizinho, que é policial. Ao perceber a situação da vítima, a equipe de atendimento da UPA acionou a Guarda Municipal. O padrasto também foi à UPA. A mãe do menino, que estava trabalhando em um supermercado, foi chamada ao local. Os guardas verificaram que o homem havia ficado sozinho em casa com o menino e uma irmã dele, de 10 anos.
A menina, inclusive, foi quem pediu ajuda aos vizinhos. Ela saiu na rua e gritou que o irmão estava passando mal. Em nota, a Prefeitura de Campinas disse que a criança deu entrada na UPA já “em parada cardiorrespiratória e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML)”.
No depoimento que o padrasto deu à Polícia Civil, o suspeito disse que o menino começou a passar mal enquanto assistia TV. Ele afirmou ainda que, em seguida, deu banho no garoto e ele perdeu os sentidos. A partir disso, o homem ligou para o Corpo de Bombeiros relatando que a criança tinha engasgado.
Apesar do depoimento, a Polícia Civil considerou o relato da equipe médica da UPA que identificou as lesões. O padrasto foi levado à 2ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher. Ele já tinha passagem por tráfico de drogas.
A Polícia Civil solicitou perícia na casa. No local, foram apreendidas roupas do garoto com amostras de sangue, além de pertences do suspeito.
Guarda Municipal atendeu ocorrência na UPA Padre Anchieta, em Campinas
Jorge Talmon/EPTV
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