Presidente da Apae presta depoimento à polícia e diz não ter envolvimento no desaparecimento de funcionária


Secretária executiva da diretoria da entidade em Bauru (SP), Claudia Regina da Rocha Lobo foi vista pela última vez no dia 6 de agosto. Presidente da entidade foi preso no dia 15 de agosto suspeito de envolvimento no caso. Presidente da APAE presta depoimento à polícia sobre desaparecimento de funcionária
O presidente da Apae de Bauru (SP) prestou depoimento, formalmente, à polícia, na manhã desta segunda-feira (19), na delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Bauru.
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Roberto Franceschetti Filho, de 36 anos, estava acompanhado de seus advogados durante o depoimento, que durou cerca de uma hora e meia. Roberto é o principal suspeito de envolvimento no desaparecimento da secretária executiva da instituição, Cláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, vista pela última vez, na tarde do dia 6 de agosto.
Presidente da Apae presta depoimento à polícia e diz não ter envolvimento no desaparecimento de funcionária
Gabriel Pelosi/TV TEM
Em entrevista à imprensa, o advogado de defesa do presidente, Leandro Pistelle, disse que a defesa só teve acesso ao Inquérito Policial no final da manhã desta segunda-feira e que durante todo o depoimento, Roberto se disse inocente e respondeu a todos os questionamentos.
A defesa ainda salientou que mais detalhes do processo não podem ser divulgados por correr em segredo de justiça. Após o depoimento, Roberto Franceschetti, deve voltar à Delegacia de Pirajuí (SP), onde cumpre mandado de prisão temporária.
Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária
Reprodução/Facebook
Na manhã desta segunda-feira, o g1 teve acesso ao Boletim de Ocorrência que relata a prisão de Roberto. Nele, consta que o presidente foi preso no dia 15 de agosto na delegacia de Bauru, após ser chamado pela polícia para recolher alguns pertences de Cláudia, não em sua casa, como passado anteriormente.
Novas buscas pela funcionária, que continua desaparecida foram feitas nesta segunda-feira com ajuda, inclusive de drones, porém, segundo a polícia, nada foi encontrado.
Prisão
Um sinal de celular confirmou que Roberto esteve no local onde o carro de Claudia, que pertence à entidade, foi encontrado.
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O suspeito foi preso no dia 15 de agosto, na delegacia após ser chamado pela polícia para recuperar alguns pertences da vítima. Em sua casa, uma pistola calibre 380 também foi apreendida. A arma tem o mesmo calibre de um estojo que foi encontrado no veículo que Cláudia dirigia antes de desaparecer.
Durante a noite, ele foi transferido para o CDP de Pirajuí (SP). Nesta sexta-feira (16), ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada após audiência de custódia e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí.
De acordo com a Polícia Civil, vestígios encontrados no veículo durante a perícia realizada no dia 7 de agosto, quando ele foi localizado, foram identificados como marcas de sangue. Uma das principais linhas de investigação é de que se trata de um homicídio.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Cledson Nascimento, no mesmo dia 15 de agosto, foram feitas diligências em uma área de descarte de material da Apae, no bairro Pousada da Esperança, porém, nada foi encontrado.
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Amigos próximos
A filha de Claudia Regina da Rocha Lobo contou, em entrevista à TV TEM, que sua mãe e o presidente da instituição, Roberto Franceschetti Filho, são amigos próximos e colegas de trabalho há mais de 10 anos e que, inclusive, manteve contato com o presidente diariamente desde o dia em que viu sua mãe pela última vez.
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“Foi e ainda está sendo muito chocante por sermos próximos e termos essa amizade. Eu falei com ele todos esses dias. Ele foi uma das primeiras pessoas para quem eu liguei, porque eu sabia que eles tinham essa relação muito próxima no trabalho, e ele falou que não esteve com minha mãe fora da Apae”, lembra a filha.
A Apae informou que se surpreendeu com a notícia do envolvimento de Roberto no desaparecimento de Claudia e que o fato não tem relação com os serviços prestados pela entidade. A Feira da Bondade, considerada uma das principais maneiras da instituição arrecadar fundos, foi adiada.
Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária em Bauru (SP)
Arquivo pessoal
Além disso, foi confirmado que Roberto não faz mais parte do corpo diretivo e que Maria Amélia Moura Pini Ferro está na presidência da instituição. A entidade também informou que os atendimentos continuam normalmente em suas unidades.
Desaparecimento
Imagens de câmeras de segurança da rua onde fica o prédio administrativo da Apae, na Rua Rodrigo Romeiro, registraram o momento em que Claudia caminha até o carro, que está estacionado na rua e pertence à entidade, com um envelope na mão (veja o vídeo abaixo).
A filha da secretária, Letícia da Rocha Lobo, contou que a mãe disse a uma colega de trabalho que iria sair para resolver coisas do trabalho e saiu sem levar a bolsa e o celular, um pouco antes das 15h.
Em entrevista ao g1, Letícia disse que não notou nada de diferente na mãe nos últimos dias. “Ela disse para a recepcionista que iria resolver umas coisas da Apae e voltava mais tarde, e até agora nada”, contou.
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Arquivo pessoal
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