Acusados de matar mãe e filho durante racha vão a júri popular em Brasília


Investigações apontam que, em 2017, Eraldo Pereira e Noé Oliveira apostavam corrida na L4 Sul e estavam alcoolizados. Eles respondem ao processo em liberdade. Mãe e filho morreram em acidente de trânsito provocado por dois carros que faziam “racha” na L4 Sul, em Brasília, em 2017
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Duas pessoas acusadas de matar mãe e filho em um acidente na L4 Sul, em 2017, vão a júri popular, nesta terça-feira (30). Cleusa Maria Cayres, à época com 69 anos, e Ricardo Clemente Cayres, com 46, voltavam de uma festa quando o veículo em que estavam foi atingido por outro carro e capotou (relembre abaixo).
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As investigações apontam que o acidente foi causado por um racha disputado entre o advogado Eraldo Pereira, que teria provocado a batida, e Noé Oliveira, sargento do Corpo de Bombeiros Militar do DF. Os dois confirmaram que ingeriram bebida alcoólica antes de assumir o volante na noite do dia 30 de abril de 2017. Eles respondem ao processo em liberdade.
O g1 não localizou as defesas dos investigados até a última atualização desta reportagem. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não retornou até esta publicação.
O acidente
Um dos motoristas envolvidos em acidente da L4 Sul admite consumo de bebida alcoólica
O acidente aconteceu em 30 de abril, na L4 Sul próximo à Ponte das Garças, por volta das 19h30. Por causa do impacto, o veículo em que Cleusa e Ricardo estavam invadiu o gramado, bateu em uma árvore, voltou para a pista e capotou em seguida, após ser atingido.
As duas vítimas estavam no banco de trás e morreram na hora, segundo os bombeiros. Outras duas pessoas que estavam no carro, o genro da vítima, que dirigia, e o marido dela, que estava no banco do carona, sobreviveram.
No local, testemunhas disseram aos bombeiros que havia dois carros em alta velocidade na via no momento do acidente.
Investigação
Mãe e filho morreram em acidente de trânsito provocado por dois carros que faziam “racha” na L4 Sul, em Brasília
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Em uma audiência em 2018, o advogado Eraldo José Cavalcante Pereira confirmou que estava a 110km/h na hora do acidente, mas negou que estivesse disputando um racha. Ele argumentou que “não iria fazer racha a 110 km/h em um carro que corre a 250 km/h”.
No entanto, o inquérito da Polícia Civil apontou que o acidente ocorreu porque Eraldo e o sargento do Corpo de Bombeiros Noé Albuquerque disputavam corrida na via.
O outro motorista afirmou à Justiça que estava a 80 km/h. A investigação da PCDF, contudo, não conseguiu comprovar a velocidade do carro de Noé Albuquerque.
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