Lisa Marie Presley relembra relação com seu pai, Elvis: “Superligada a ele”

A cantora Lisa Marie Presley (1968–2023) deu detalhes de como era a sua relação com o pai, o cantor Elvis Presley (1935–1977). Se fosse vivo, o Rei do Rock faria 90 anos nesta quarta-feira (8).

As revelações foram realizadas no livro “Rumo ao Grande Mistério: Memórias”, que foi lançado em outubro de 2024 e traz Riley Keough, sua filha, como coautora. Logo no primeiro capítulo, ela traz pormenores de sua infância em Graceland, mansão da família em Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos.

“Eu achava que meu pai podia mudar o clima. Para mim, ele era um deus. Um ser humano eleito”, cita. Na sequência, Lisa conta que fazê-lo rir e feliz era o “seu mundo inteiro”. “Se eu descobrisse que ele achava certa coisa engraçada, faria aquilo o máximo possível para diverti-lo”, explica.

Lisa Marie, a única filha de Elvis Presley e Priscilla Presley menciona que era “superligada” ao astro. “Nossa proximidade era muito maior do que eu jamais deixei transparecer a qualquer pessoa no passado. Ele me amava muito e era muito dedicado, mil por cento presente quanto podia, apesar de todos ao seu redor”, acrescenta.

Apesar de serem muitos próximos, a artista também conta que tinha medo do Rei do Rock. “Ele era intenso e ninguém queria ser o alvo da sua raiva. Se eu o aborrecia, ou se ele estava zangado comigo, parecia que era o fim do mundo. Eu não conseguia suportar. Quando ele se chateava comigo, eu levava para o lado pessoal e ficava simplesmente destroçada. Queria a aprovação dele em tudo”.

Ao longo da obra, ela enumera diversos momentos ao lado do pai e mostra a preocupação do artista com a sua segurança. Em um dos episódios, Lisa Marie se queimou após cair de uma moto e chegou a tentar esconder de Elvis, mas foi desmascarada e chegou a receber um tapa em sua mão.

“Senti que meu mundo tinha caído. Ele ficara chateado porque eu tinha me machucado. Essa era a última coisa que meu pai queria para mim. Não era uma questão de controle — ele só não queria que eu me machucasse fazendo alguma idiotice”, diz.

Por fim, ela relembra que foi para a cama e no meio da noite, acordou e viu que seu pai estava de pé, ao lado da cama. “Ele estava segurando um cachorrinho, um filhote de basset fazendo-o dublar enquanto ele cantava ‘Can’t Help Falling in Love’ para mim. Quando acabou de cantar, meu pai me abraçou e pediu desculpas”.

Ao longo do livro, ela também se lembra de detalhes da morte do artista, que aconteceu quando ela tinha apenas nove anos. Em outro momento, chegou a citar que os itens pessoais de Elvis foram roubados horas após a sua morte.

Em relação ao velório, que foi aberto ao público, Lisa Marie ainda conta que sentiu que tinha sorte por voltar a ter o pai na sala de estar de sua casa, por mais um dia.

“Eu sabia que logo ele não estaria mais ali. Não me lembro de muita coisa depois disso. Tudo aquilo estava muito além do que eu conseguia suportar. Isso ainda me afeta, vem e vai. Em algumas noites, já adulta, eu me embriagava e ouvia as músicas dele, sentada ali, chorando. A tristeza ainda vem. Ela continua aqui”, conta. “Depois que meu pai morreu, meu mundo mudou por completo”, acrescenta.

Elvis Presley foi encontrado morto no banheiro da mansão Graceland, aos 42 anos. Lisa Marie, que era fruto do relacionamento do cantor com Priscilla Presley, morreu após ser hospitalizada em decorrência de uma aparente parada cardíaca em 12 de janeiro de 2023. Ela tinha 54 anos.

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