Líderes internacionais reagem a prisão de María Corina Machado

Líderes internacionais reagiram à notícia que a opositora venezuelana María Corina Machado foi presa nesta quinta-feira (9) na saída de uma manifestação em Caracas.

A oposição da Venezuela denunciou que a líder “foi violentamente interceptada à sua saída da concentração em Chacao”.

A ex-deputada venezuelana, que estava escondida há meses, saiu às ruas pela primeira vez nesta quinta-feira.

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse em uma postagem no X que exige a libertação da opositora.

“O Panamá exige e reivindica liberdade total de Maria Corina bem como o respeito pela sua integridade pessoal. O regime ditatorial é responsável pela sua vida!”, o líder afirmou.

Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, também reagiu nas redes sociais questionando sobre ações das organizações internacionais em relação à prisão da opositora. “As Nações Unidas conseguirão agir para resgatar María Corina Machado?”

Em atualização. 

Edmundo González exige libertação de Machado

Pelas redes sociais, Edmundo González, que disputou a Presidência com Nicolás Maduro e a oposição diz ser o verdadeiro eleito, exigiu a libertação imediata de María Corina Machado.

“Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”, comentou.

Protestos em Caracas

Grupos de manifestantes se reuniram em Caracas, capital da Venezuela, nesta quinta-feira (9), véspera da posse de Nicolás Maduro.

Em várias partes da cidade multidões de apoiadores da oposição pediram “liberdade”. Os apoiadores também foram vistos segurando cartazes de “González Presidente” e usando vuvuzelas.

Enquanto isso, no maior bairro da Venezuela, Petare, os apoiadores de Maduro também se reuniram no que eles chamam de “marcha pela paz e alegria”.

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Líderes internacionais reagem a prisão de María Corina Machado no site CNN Brasil.

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