Starbucks exigirá que frequentadores das lojas sejam clientes pagantes nos EUA

O Starbucks está descartando uma política que permitia que qualquer pessoa frequentasse seus cafés ou usasse os banheiros sem fazer uma compra nos Estados Unidos.

As novas regras são parte de um esforço maior para melhorar a experiência do café da Starbucks e dissuadir moradores de rua e clientes não pagantes que passaram a usar a Starbucks apenas para abrigo e acesso ao banheiro – mas elas revertem uma política colocada em prática após um dos maiores desastres de RP da empresa.

O novo código de conduta, anunciado às lojas na segunda-feira (13), faz parte da estratégia do CEO Brian Niccol para atrair clientes de volta, impulsionar as vendas em queda e melhorar as relações com os trabalhadores. Ele se aplica a todos os locais na América do Norte e será exibido nas portas das lojas.

“Ao definir expectativas claras para comportamento e uso de nossos espaços, podemos criar um ambiente melhor para todos.”

Outras mudanças incluem a proibição de mendicância, discriminação, consumo de álcool de fora e vaporização, conforme a política publicada online. Os funcionários receberão treinamento sobre a nova política.

O Starbucks também está tentando incentivar os clientes a permanecerem em seus cafés em vez de pedir para viagem, dando vantagens para pedidos na loja.

A partir de 27 de janeiro, todos os clientes podem ganhar um refil de café quente ou gelado grátis servido em suas canecas de cerâmica ou copos reutilizáveis. Anteriormente, a vantagem só se aplicava a membros do programa de fidelidade da Starbucks.

Banheiros públicos

A mudança da Starbucks é uma reversão de seu relacionamento intermitente de oferecer acesso aos banheiros ao público em geral.

Limitar o acesso aos banheiros acontece em um momento em que muitas cidades e subúrbios dos EUA não têm acesso público adequado a eles. Isso deixou empresas privadas como Starbucks, McDonald’s e outras redes para preencher o vazio.

Abrir banheiros e cafés para o público em geral ajudou a Starbucks a se promover como um “terceiro lugar” entre o trabalho e a casa e a atrair clientes em potencial. No entanto, a política criou desafios para funcionários e clientes.

A política de portas abertas começou em 2018, depois que dois homens negros foram presos em uma loja na Filadélfia enquanto esperavam por um amigo. Um dos homens disse que pediu para usar o banheiro logo após entrar e foi informado de que era apenas para clientes pagantes.

O incidente foi capturado pela câmera e se transformou em um desastre de relações públicas para a Starbucks.

Em 2022, o ex-CEO da Starbucks, Howard Schultz, disse que ela poderia não conseguir manter seus banheiros abertos, culpando um crescente problema de saúde mental que representa uma ameaça para sua equipe e clientes.

No mesmo ano, a Starbucks fechou mais de uma dúzia de lojas, principalmente localizadas em pontos do centro da cidade, citando preocupações com a segurança.

“Este é outro exemplo das complicações causadas pela falta de banheiros públicos nos EUA e da mudança de discurso da Starbucks — às vezes se beneficiando da falta de infraestrutura pública e sendo prejudicada pelas mesmas coisas”, disse Bryant Simon, historiador da Temple University que escreveu um livro sobre a Starbucks e atualmente está trabalhando em um sobre banheiros públicos nos Estados Unidos.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Starbucks exigirá que frequentadores das lojas sejam clientes pagantes nos EUA no site CNN Brasil.

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