Militares, bilionários e ex-CEO de luta livre: quem é quem no novo governo Trump


Republicano já anunciou mais de 80 nomes, entre secretários, conselheiros e embaixadores. Trump priorizou escolher pessoas fiéis a ele para garantir avanço de plano de governo.
Militares, bilionários e até mesmo a ex-CEO de uma empresa de luta livre irão compor o secretariado do governo de Donald Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20). Esta é a segunda vez que o republicano governará a principal economia do mundo.
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Nos Estados Unidos, os cargos de secretário de governo são equivalentes aos dos ministros de Estado no Brasil.
Para o novo governo, Trump priorizou pessoas que são fiéis a ele. A imprensa norte-americana afirmou que o republicano quer garantias de que conseguirá impor a própria agenda durante os próximos quatro anos.
Grande parte das indicações de Trump ainda precisa de confirmação do Senado. No entanto, como a Casa é controlada pelo Partido Republicano, o presidente não deve enfrentar dificuldades para conseguir aprovar as nomeações.
Veja a seguir os principais nomes do próximo governo Trump.
JD Vance, vice-presidente
O senador JD Vance pode se tornar vice-presidente dos EUA
Matt Freed/AP
James David Vance, mais conhecido como “J.D. Vance”, é o terceiro vice-presidente mais jovem da história dos Estados Unidos. Antes de concorrer nas eleições ao lado de Donald Trump, ele era senador pelo estado de Ohio.
Criado em uma região industrial em decadência, Vance integrou o corpo de fuzileiros navais e se formou em Direito na Universidade de Yale. Ele foi eleito senador com o apoio de Trump, em 2022.
No Senado, Vance se destacou por sua oposição à ajuda à Ucrânia e exigiu que os recursos fossem destinados à luta contra a imigração ilegal.
Antes de ser apoiado pelo principal nome do Partido Republicano, Vance costumava fazer duras críticas a Donald Trump. No entanto, nos dias de hoje, ele é visto como um dos principais defensores da ideologia “MAGA” (Faça a América Grande Outra Vez, na tradução em português).
Além de ser vice-presidente dos Estados Unidos, Vance também irá presidir o Senado. Um dos poderes dele será dar o voto de minerva em caso de empate nas votações da Casa.
Marco Rubio, secretário de Estado
O senador americano Marco Rubio em imagem de 5 de maio de 2020
Andrew Harnik / Pool / AFP
Filho de imigrantes cubanos e nascido em Miami, Marco Rubio se formou em ciências políticas pela Universidade da Flórida em 1993. Ele foi eleito para o Senado dos Estados Unidos em 2010.
Rubio teve a campanha ao Senado impulsionada pelo Tea Party, que é uma ala de extrema direita dos republicanos que se fortaleceu após a eleição de Barack Obama.
A escolha de Marco Rubio para secretário de Estado representa uma reviravolta na relação dele com Trump. Em 2016, quando ambos competiam para ser o candidato republicano à Casa Branca, o senador chamou Trump de “trapaceiro” e “a pessoa mais vulgar que já aspirou à Presidência”.
Rubio é conhecido por ser um crítico severo da China, um opositor declarado do governo comunista de Cuba e um forte defensor de Israel. Se confirmado secretário de Estado, será o primeiro latino a ocupar o cargo de principal diplomata dos Estados Unidos.
O secretário de Estado dos EUA é equivalente ao ministro das Relações Exteriores do Brasil.
Susie Wiles, chefe de Gabinete
Susie Wiles, líder da campanha de Donald Trump nas eleições americanas de 2024, observa o candidato republicano durante discurso em 15 de janeiro de 2024.
AP Photo/Andrew Harnik
Susie Wiles é considerada uma das principais arquitetas da vitória de Trump nas eleições presidenciais. Aos 67 anos, ela deve se tornar uma das mulheres mais poderosas do governo dos Estados Unidos. O nome dela foi o primeiro a ser anunciado pelo presidente.
O cargo de chefe de Gabinete pode ser comparado com o de ministro da Casa Civil do Brasil. Entre as funções está a coordenação das atividades do governo e a organização das demais secretarias. Susie também deverá operar como uma das principais conselheiras do presidente.
Os apoiadores de Trump esperam que Susie traga um senso de ordem e disciplina que faltou durante o primeiro mandato do republicano. À época, ele trocou diversos chefes de Gabinete.
Thomas Homan, ‘czar’ da fronteira
Tom Homan em setembro de 2019
REUTERS/Jonathan Ernst
Thomas Homan, ou apenas Tom Homan, será o responsável por cuidar das fronteiras dos Estados Unidos pelos próximos quatro anos. Trump anunciou que ele será um “czar”, assim como eram chamados os imperadores russos que até o início do século 20 tinham poderes plenos.
Durante o primeiro mandato de Trump, Homan foi muito criticado por ser um dos defensores da separação de crianças de famílias que imigraram ilegalmente para o país. Na época, ele era diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândega.
No novo governo, ele ficará responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá, além da segurança marítima e aérea voltada ao tema imigratório.
Elon Musk, responsável pela Eficiência Governamental
Elon Musk fechou escritório da rede social X no Brasil após descumprir ordens judiciais
David Swanson/Reuters
O bilionário Elon Musk irá chefiar o Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos ao lado do empresário republicano Vivek Ramaswamy. O órgão, no entanto, não é oficialmente parte do governo americano.
Segundo Trump, o objetivo de Musk será eliminar gastos desnecessários do governo, enxugando a máquina pública. O empresário prometeu fazer US$ 2 trilhões em cortes, principalmente na burocracia federal. Ele admitiu que as medidas podem causar “dificuldades temporárias” para a população.
Musk também deve pressionar Trump por uma maior desregulamentação em áreas nas quais ele investiu pesadamente, como inteligência artificial e criptomoeda.
Críticos afirmam que dar a Musk acesso aos gastos federais pode criar um conflito de interesses, já que empresas dele possuem contratos bilionários com o governo.
Pam Bondi, procuradora-geral
Trump escolheu Pam Bondi para comandar o Departamento de Justiça
Alex Brandon/AP
Pam Bondi é ex-procuradora-geral da Flórida e tem 59 anos. Ela não foi a primeira opção de Trump para o cargo. Antes, o republicano havia indicado Matt Gaetz, que desistiu da nomeação após polêmicas envolvendo má conduta sexual e uso de drogas.
Ex-democrata e ex-lobista, Pam foi a primeira mulher a se tornar procuradora-geral da Flórida. Ao longo da carreira, priorizou processos de tráfico de pessoas. Após deixar o cargo, fez lobby no Congresso dos Estados Unidos a favor de grandes empresas.
Em 2019, Pam foi a advogada de Trump no primeiro processo de impeachment que ele sofreu. À época, o então presidente foi absolvido das acusações. No ano seguinte, ela defendeu as falsas alegações de que a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais foi resultado de uma fraude.
O círculo íntimo de Trump vê o cargo de procurador-geral como um dos mais importantes, já que será fundamental para aplicar os planos de deportações em massa, perdoar os manifestantes do 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra inimigos do presidente.
Pete Hegseth, secretário de Defesa
O comentarista de TV Pete Hegseth em 2016
Evan Vucci/AP
O veterano de guerra e apresentador da Fox News Pete Hegseth foi o indicado de Trump para ser o secretário de Defesa. Aos 44 anos, ele é filiado ao Partido Republicano desde a faculdade.
Veterano da Guarda Nacional dos Estados Unidos, Hegseth atuou no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba. Em 2012, ingressou na política e concorreu ao Senado pelo estado de Minnesota, mas não foi eleito. Em 2016, se aproximou de Trump.
Em um livro, Hegseth afirmou que as Forças Armadas dos Estados Unidos possuem generais defensores da agenda “woke”, com políticas muito progressistas. Para ele, isso tem prejudicado a Defesa do país, com militares fracos e “afeminados”.
Ele também zombou de militares transgenêros e disse que, ao promover diversidade e inclusão, as Forças dos Estados Unidos estão afastando recrutas. Para Hegseth, é necessária uma “limpa” no Pentágono.
Kristi Noem, secretária de Segurança Interna
Governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem, do Partido Republicano
Jack Dura/Associated Press
Governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem será responsável por supervisionar a agência federal dos Estados Unidos que protege as fronteiras e faz a segurança cibernética e de transportes. Ela também será um dos principais nomes para responder a desastres.
Noem enfrentou uma grande reação negativa em abril de 2024, quando escreveu em um livro que matou a tiros um cachorro “imprevisível” que ela “odiava” na fazenda de sua família.
Durante a pandemia, ela ganhou destaque nacional ao se recusar a impor um mandato estadual de uso de máscaras.
John Ratcliffe, chefe da CIA
John Ratcliffe questiona o ex-procurador especial Robert Mueller durante audiência no Comitê Especial de Inteligência da Câmara, no Capitólio, em Washington, em 24 de julho
Reuters/Leah Millis
John Ratcliffe é ex-diretor de inteligência e chefiará uma agência vital para os americanos. A CIA é a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, sendo responsável por coletar informações de relevância para a segurança do país no mundo inteiro.
Ratcliffe foi congressista dos Estados Unidos pelo Texas. Aos 59 anos, ele é considerado um nome muito próximo e fiel ao presidente eleito.
Como diretor de inteligência no primeiro mandato de Trump, Ratcliffe foi acusado pelos democratas de ter politizado o cargo. Em 2020, segundo os opositores, ele estava usando a posição no governo para atacar adversários, incluindo o então candidato à presidência Joe Biden.
Ele também recebeu várias críticas por contradizer avaliações de servidores de carreira.
Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional
Tulsi Gabbard participa de comício pró-Trump em Pittsburgh, Pensilvânia, em 4 de novembro de 2024
Jeenah Moon/Reuters
Ex-democrata, Tulsi Gabbard comandará todas as agências que compõem a Comunidade de Inteligência dos EUA, que reúne a CIA, a NSA e o FBI, entre outros órgãos.
Gabbard nasceu na Samoa Americana, um território norte-americano no Pacífico Sul, e foi criada no Havaí, estado pelo qual foi eleita deputada pelo Partido Democrata. Ela também seguiu carreira militar e chegou a servir no Iraque entre 2004 e 2005.
Nos últimos anos, ela adotou visões mais conservadoras em relação ao aborto e aos direitos de pessoas transgênero. Gabbard abandonou o Partido Democrata e se filiou ao Partido Republicano em 2024.
A ex-deputada tem pouca experiência direta com o trabalho de inteligência e não era um nome esperado para o cargo.
Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional
Deputado Michael Waltz discursa durante convenção nacional republicana, em julho de 2024.
REUTERS/Mike Segar/File Photo
Michael Waltz é conhecido por ser veterano de guerra e crítico à China. Ele é casado com Julia Nesheiwat, que ocupou o mesmo cargo durante o primeiro mandato de Trump.
Waltz será responsável por informar Trump sobre questões-chave de segurança nacional e coordenar com diferentes agências. Ele é visto como uma pessoa muito fiel ao presidente.
Além de ser ex-oficial da Guarda Nacional do Exército, Waltz também atuou como congressista, sendo reeleito deputado nas eleições de 2024.
Mehmet Oz, administrador dos programas de assistência à saúde
O astro de TV Dr. Mehmet Oz em setembro de 2023
AP Photo/Matt Rourke
O médico Mehmet Oz, ou apenas “Dr. Oz”, comandará os programas de assistência à saúde conhecidos como Medicare e Medicaid. Ele tem uma estrela na Calçada da Fama e é nacionalmente conhecido pelas participações em programas de TV.
Formado em medicina pela Havard College, Dr. Oz também trabalhou como professor de cirurgia na Universidade de Columbia. Ele patenteou dispositivos e procedimentos para operações cardíacas e publicou livros que se tornaram best-sellers.
Durante a pandemia de Covid-19, o médico se tornou um dos principais conselheiros de Donald Trump. À época, ele promoveu o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, mesmo não havendo evidências científicas de que o medicamento era eficaz contra a doença.
Em 2021, um artigo do jornal “The New York Times” afirmou que Dr. Oz fazia com frequência afirmações “precipitadas baseadas em evidências superficiais” na TV. Em muitos casos, as recomendações do médico foram desmentidas por estudos.
Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde e Serviços Humanos
Robert F. Kennedy Jr.
Thomas Machowicz/Reuters
Robert F. Kennedy Jr. é filho do senador assassinado Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy — que também foi morto enquanto estava no cargo, na década de 1960. Advogado, ele tem 70 anos de idade.
O futuro secretário de Saúde é conhecido por ter se engajado na campanha antivacinação durante a pandemia e por espalhar teorias da conspiração. Ele já afirmou que alguns imunizantes causam autismo. Estudos internacionais apontam que isso não é verdade.
Kennedy Jr. disse que vai combater condições como obesidade, diabetes e autismo, além de reduzir produtos químicos em alimentos. Ele também prometeu uma ampla reforma na FDA, que é a agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA.
Doug Burgum, secretário do Interior
Trump indica político ligado ao petróleo para pasta dos recursos naturais
Como secretário do Interior, Doug Burgum vai supervisionar a administração de três quartos das terras e águas públicas dos Estados Unidos. O órgão também é responsável por cuidar de parques nacionais, proteger espécies ameaçadas e coletar dados científicos sobre os efeitos das mudanças climáticas.
Burgum foi nomeado como o futuro “czar da energia”. Ligado à indústria de petróleo, ele defende a exploração de combustíveis fósseis para que os Estados Unidos não dependam da produção de outros países.
É esperado que Burgum aja para aumentar a produção de petróleo e gás, especialmente no que diz respeito à perfuração em terras de propriedade do governo.
Scott Bessent, secretário do Tesouro
Scott Bessent, fundador do Key Square Group, fala em um evento de campanha do candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em Asheville, Carolina do Norte, nos EUA, em 14 de agosto de 2024
Jonathan Drake/Reuters
Scott Bessent será o próximo secretário do Tesouro. No governo, ele terá grande influência sobre questões econômicas, regulatórias e internacionais. Investidor de longa data, rico e professor por vários anos na Universidade Yale, Bessent tem uma boa relação com Trump.
Bessent tem defendido reformas fiscais e desregulamentação, particularmente para estimular mais empréstimos bancários e a produção de energia.
Embora Bessent tenha sido um defensor das políticas de liberais populares no Partido Republicano antes de Trump, ele também elogiou o uso de tarifas contra outros países como uma ferramenta de negociação.
Brooke Rollins, secretária da Agricultura
Brooke Rollins faz campanha por Donald Trump em outubro de 2024
Andrew Kelly/Reuters
Brooke Rollins é a atual presidente do America First Policy Institute, que é um instituto de inclinação conservadora que trabalhou com a equipe de Trump para moldar políticas do próximo governo.
Como secretária da Agricultura, Rollins estará à frente de uma agência com 100 mil funcionários, responsável por programas agrícolas, nutrição, silvicultura e comércio agrícola.
Funcionários do Departamento de Agricultura negociam acordos comerciais, orientam recomendações nutricionais, inspecionam carnes, combatem incêndios florestais e apoiam a toda a atividade rural.
Rollins foi diretora interina do Conselho de Política Doméstica durante o primeiro mandato de Trump.
Sean Duffy, secretário de Transportes
Sean Duffy, como deputado, participa de comissão de inquérito como deputado, em 2018
Mary F. Calvert/Reuters
Sean Duffy é ex-deputado pelo estado de Wisconsin e já trabalhou como comentarista esportivo na televisão. O secretário supervisionará as políticas nas áreas de aviação, automotiva, ferroviária, de trânsito, entre outras.
Uma das responsabilidades de Duffy será comandar a instalação de carregadores de veículos elétricos nos Estados Unidos. No entanto, Trump prometeu reverter medidas adotadas por Joe Biden para estimular a produção desse tipo de veículo.
Chris Wright, secretário de Energia
Chris Wright é nomeado secretário de Energia em governo Trump
Reprodução/YouTube
Executivo de combustíveis fósseis, Chris Wright será o próximo secretário de Energia dos Estados Unidos. Wright é CEO da Liberty Energy e foi doador da campanha de Trump. Ele é um firme defensor dos combustíveis fósseis e afirma que eles são necessários para tirar o mundo da pobreza.
O empreendedor também tem se posicionado contra os esforços para combater as mudanças climáticas. Ele tem o apoio de conservadores influentes, como o do magnata Harold Hamm.
Como secretário de Energia de Trump, Wright será responsável, entre outras coisas, por supervisionar o arsenal nuclear do país. Além disso, ele vai atuar no novo Conselho Nacional de Energia.
Linda McMahon, secretária da Educação
Linda McMahon é conhecida nos Estados Unidos por ser ex-CEO da World Wrestling Entertainment (WWE), que promove lutas livres no país. Ela atuou como chefe da Administração de Pequenas Empresas durante o primeiro mandato de Trump.
Como secretária de Educação, ela vai liderar uma agência que Trump prometeu eliminar. Segundo a agência Reuters, é mais provável que Linda trabalhe para promover objetivos conservadores de política educacional, incluindo o fim de programas de diversidade em escolas públicas.
Scott Turner, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano
Donald Trump e o ex-jogador da NFL Scott Turner, em setembro de 2019
Chip Somodevilla/Getty Images/via AFP
Scott Turner tem 52 anos, trabalhou como ex-legislador estadual do Texas e foi jogador da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL). Ele é o indicado para assumir o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
Turner foi o primeiro diretor executivo do Conselho de Oportunidade e Revitalização da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump. Nesta função, segundo o republicano, ele ajudou comunidades carentes do país.
Kash Patel, diretor do FBI
Kash Patel, escolhido por Trump para chefiar o FBI.
AP Photo/José Luis Villegas, File
Kash Patel será o diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), que é similiar à Polícia Federal brasileira. Ele já trabalhou como defensor público e procurador federal, sendo uma figura importante durante a investigação sobre os contatos da campanha de Trump com a Rússia em 2016.
Nos últimos anos, Patel defendeu que a agência deixe de ter função de coleta de inteligência. Ele também afirmou que qualquer funcionário que se recuse a apoiar a agenda de Trump deve ser demitido. O futuro diretor do FBI é uma figura muito leal e próxima ao presidente.
Os diretores do FBI são nomeados por lei para mandatos de 10 anos como um meio de isolar o órgão da política. O atual diretor da agência disse que vai renunciar ao cargo para dar lugar ao indicado por Trump.
Karoline Leavitt, secretária de Imprensa
A assessora de Donald Trump Karoline Leavitt, nomeada pelo republicano porta-voz da Casa Branca, em imagem de arquivo.
Charles Krupa/ AP
A principal função de Karoline Leavitt no governo Trump será a de ser porta-voz da Casa Branca. Aos 27 anos, ela será a pessoa mais jovem a ocupar o cargo.
Nascida em New Hampshire, Leavitt foi a porta-voz da campanha presidencial de Trump em 2024. Dois anos antes, concorreu à Câmara dos Deputados, mas perdeu. Também foi assistente de imprensa de Trump durante o primeiro mandato dele.
Tradicionalmente, o porta-voz da Casa Branca dá entrevistas diárias a jornalistas que trabalham no local, com resumos da agenda da presidência e comentando temas específicos.
Steve Witkoff, enviado para o Oriente Médio
Trump recebe Steve Witkoff na Flórida, em 7 de janeiro de 2025
REUTERS/Carlos Barria
Steve Witkoff é muito próximo de Trump e já foi sócio do presidente em um clube de golfe. Ele trabalhará como o enviado dos Estados Unidos para resolver questões no Oriente Médio, envolvendo conflitos regionais.
Mesmo antes de assumir o cargo, Witkoff teve participação nas negociações para o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que passou a valer no domingo (19).
Trump havia dito que “abriria os portões do inferno no Oriente Médio” e “faria o Hamas pagar caro “se os reféns não fossem libertados até ele reassumir a Casa Branca.
Na campanha presidencial, Witkoff foi um importante doador e ajudou a criar uma ponte entre Trump e empresários do setor de criptomoedas.
Keith Kellogg, enviado para Ucrânia e Rússia
Keith Kellogg durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em setembro de 2022
REUTERS/Carlos Barria
Assim como Witkoff no Oriente Médio, Trump escolheu uma pessoa específica para tratar dos assuntos envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia. O indicado foi o general Keith Kellogg.
O militar tem 80 anos e já trabalhou como chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump.
O general diz ter elaborado um plano para encerrar a guerra. Entre os pontos para terminar o conflito estão o congelamento das linhas de batalha e o adiamento da entrada da Ucrânia na Otan.
Kellogg defende que os Estados Unidos pare de fornecer armas à Ucrânia caso o país se recuse a participar de negociações pela paz. Por outro lado, ele diz que aumentará o apoio caso a Rússia demonstre resistência.
Especialistas afirmam que o plano pode não agradar o governo ucraniano. Isso porque o país provavelmente perderia territórios para a Rússia de forma definitiva diante deste acordo.
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