Primeiros voos de migrantes deportados dos EUA pousam na Venezuela

Dois aviões transportando migrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos — o primeiro desde um acordo de janeiro entre a administração de Donald Trump e o ditador Nicolás Maduro — pousaram no aeroporto La Guaira da Venezuela na noite de segunda-feira (10 de fevereiro).

Os voos, operados pela companhia aérea venezuelana Conviasa, fazem parte de um plano para repatriar milhares de migrantes que fugiram da Venezuela “devido às sanções econômicas e das campanhas de guerra psicológica contra nosso país”, afirmou o comunicado do governo.

Algumas das pessoas no voo estão supostamente envolvidas em atividades ilegais com a gangue Tren de Aragua, pontuou o comunicado, e serão rigorosamente investigadas por laços criminais.

“Eles amam a Venezuela! Eles estão felizes e vão comer arepas”, expressou o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, a jornalistas no aeroporto de La Guaira enquanto os migrantes desembarcavam das aeronaves.

O enviado de Trump, Richard Grenell, se encontrou com Maduro em Caracas em 31 de janeiro, onde os dois homens discutiram migração e sanções, entre outras questões.

Grenell deixou o país sul-americano com seis americanos que estavam detidos pelas autoridades venezuelanas.

O governo Trump declarou que é uma prioridade deportar os membros do Tren de Aragua dos EUA e o próprio Trump disse após a visita de Grenell que Maduro concordou em receber todos os imigrantes ilegais venezuelanos e providenciar seu transporte de volta para casa.

A Casa Branca também se moveu para remover a proteção de deportação de cerca de 348 mil venezuelanos nos EUA, que podem perder suas autorizações de trabalho e então serem deportados em abril.

Mais de sete milhões de imigrantes venezuelanos deixaram seu país nos últimos anos em meio a um colapso econômico e social sustentado atribuído pelo governo às sanções dos Estados Unidos e outros.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Primeiros voos de migrantes deportados dos EUA pousam na Venezuela no site CNN Brasil.

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