BC eleva a R$ 48 bi impacto que alta de um ponto na Selic teria na dívida bruta do Brasil

Dados do Banco Central mostram que um aumento de um ponto percentual na taxa Selic, mantido ao longo de doze meses, elevaria a dívida bruta do Brasil em R$ 47,9 bilhões.

O cálculo foi atualizado pelo Banco Central nesta sexta-feira (30). No mês anterior, o valor era de R$ 46,4 bilhões.

O BC analisa também o impacto da mudança na taxa básica sobre a relação entre dívida bruta e Produto Interno Bruto (PIB). Caso a taxa subisse em um ponto, essa relação subiria em 0,43 ponto.  Atualmente a dívida bruta, que abrange governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, corresponde a 78,5% do PIB (R$ 8,8 trilhões).

A Selic mais alta impacta na dívida, porque grande parte dos títulos públicos que o governo vende para se financiar tem como referência a taxa básica.

Vale dizer que a taxa básica é a ferramenta usada pela autoridade monetária para controlar a inflação. Uma política contracionista, porém, tem efeitos colaterais na economia, como a desaceleração econômica.

Grande parte dos analistas de mercado espera uma alta na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 17 e 18 de setembro. A maioria deles aposta em uma alta de 0,25 ponto.

Na última semana, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que um eventual aumento da taxa Selic está entre as opções na mesa para o Copom.

“Eu espero que a gente tenha conseguido deixar claro que, a partir do cenário que nós temos hoje, a alta de juros está na mesa, sim, e que o Banco Central não vai hesitar, se for necessário, a perseguição da meta, fazer uma elevação de juros”, disse Galípolo durante um evento da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Este conteúdo foi originalmente publicado em BC eleva a R$ 48 bi impacto que alta de um ponto na Selic teria na dívida bruta do Brasil no site CNN Brasil.

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