Promotoria pede prisão preventiva de suspeito de cárcere privado

Promotoria pede prisão preventiva de suspeito de cárcere privado

Após o “recebimento de novas informações”, o Ministério Público do Paraná pediu a prisão preventiva do homem de 23 anos, investigado por ter mantido em cárcere privado a própria mulher, da mesma idade dele, e o filho de quatro anos. Segundo as investigações, o crime contra a família foi cometido ao longo de pelo menos cinco anos.

O suspeito chegou a ser preso em flagrante, na sexta-feira (14), em Itaperuçu, na região metropolitana de Curitiba. No entanto, ele foi solto em seguida, após a audiência de custódia. Para responder ao processo em liberdade, foram impostas medidas cautelares diversas da prisão, entre elas, a proibição de se aproximar da mulher e do filho.

Nesta segunda-feira (17), a 2ª Promotoria de Justiça de Rio Branco do Sul fez o pedido de prisão preventiva do homem. Mais cedo, em nota enviada à reportagem, o Ministério Público chegou a informar que o caso ficaria à cargo da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca. Naquele momento, a avaliação era de que a aplicação de medidas protetivas e cautelares seriam suficientes para garantir a segurança da vítima. Mais tarde, a promotora de Justiça, Thaís Bueno Martins Ribeiro, reconheceu a necessidade do pedido de prisão.

Foto: PCPR

O crime foi denunciado pela mulher, que usou o e-mail do marido para pedir socorro. No relato, encaminhado à Casa da Mulher Brasileira, a vítima informou que sofria agressões físicas, ameaças e que era monitorada por câmeras de segurança 24 horas por dia. Ela também havia deixado, há cerca de 15 dias, um bilhete pedindo socorro para um frentista em um posto de combustível da região. No recado ela escreveu que sofria muita violência em casa.

Segundo o delegado da Polícia Civil, Gabriel Fontana, durante a abordagem da polícia, em um primeiro momento, a mulher negou as agressões. Mas depois, ela confirmou que havia mandado o e-mail pedindo socorro.

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Ainda de acordo com o delegado, as câmeras de monitoramento da casa foram apreendidas. As imagens serão analisadas e vão auxiliar nas investigações.

O resgate das vítimas ocorreu sete dias após a denúncia. O nome do suspeito não foi divulgado. A mulher e a criança foram encaminhadas para um endereço de acolhimento.

Foto: Arquivo/Hully Paiva/SMCS

Informações: Cleverson Bravo / Vanessa Fontanella

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