Maduro entra em contato com equipe de Lula e pede telefonema entre presidentes

Ligação pode ser ainda nesta quinta; O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, entrou em contato com a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para pedir um telefonema entre os dois políticos.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo jornal O Globo, e obtida também pela TV Globo.
Maduro tentou fazer contato com Lula ainda nesta quarta (31). A expectativa é de que os dois se falem ao longo desta quinta, mas o compromisso não consta na agenda oficial do brasileiro.
Na noite de quarta, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, se reuniram no Itamaraty para discutir a conjuntura. Trataram do cenário na Venezuela e de um possível comunicado conjunto entre Brasil, México e Colômbia para cobrar a divulgação dos dados eleitorais.
Enquanto isso, no Palácio do Planalto, assessores de Lula reconhecem que o governo vai ficando pressionado pelo tempo – já são quatro dias desde a votação na Venezuela.
Lula permanece em Brasília nesta quinta. Além dos possíveis telefonemas para líderes do continente, deve voltar a conversar com o ex-chanceler Celso Amorim, seu principal conselheiro em temas internacionais.
Brasil como possível mediador
O Brasil é visto por parceiros internacionais como um possível mediador da situação na Venezuela – tanto pelo histórico da diplomacia brasileira, quanto pela proximidade histórica entre Lula e o regime chavista no país vizinho.
Maduro é herdeiro político do ex-presidente Hugo Chávez e, em ocasiões recentes, trocou declarações polêmicas com Lula. Ainda assim, o Brasil é um dos países que mantém a relação mais “estável” com a Venezuela desde o início do período eleitoral.
Na segunda (29), por exemplo, Maduro expulsou da Venezuela diplomatas de sete países que lançaram dúvidas sobre o resultado eleitoral que proclamou sua reeleição: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
O Brasil, nas horas seguintes, chegou a dizer que só reconheceria o resultado na Venezuela quando as atas eleitorais (o documento com a votação de cada urna) fossem divulgados. Mesmo assim, as relações diplomáticas de Brasil e Venezuela foram mantidas.
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