
Maria Isabel Lorena de Souza, de 63 anos, atuava como árbitra há mais de 20 anos. Ela passou mal enquanto trabalhava como bandeirinha em uma partida de futebol em Itanhaém (SP). Maria Isabel morreu aos 63 anos em Itanhaém (SP)
Redes sociais e Arquivo Pessoal
Maria Isabel Lorena de Souza, a árbitra de 63 anos que morreu após sofrer um mal súbito enquanto trabalhava como bandeirinha, era apaixonada por futebol. Ao g1, o filho dela contou que a mulher chegou a ser jogadora em um time de várzea de Itanhaém, no litoral de São Paulo, antes de entrar no universo da arbitragem.
“Ela se foi fazendo o que mais amava fazer, que era estar em campo”, relatou Rafael de Souza Izidoro Menezes, de 31 anos, em entrevista ao g1.
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Maria Isabel sofreu uma parada cardiorrespiratória após ter um mal súbito enquanto atuava como árbitra auxiliar de uma partida da categoria sub-11 na abertura dos Campeonatos Municipais de Futebol. O evento ocorreu, no sábado (19), em um campo na Rua Abel Francisco Caniçais, no bairro Savoy.
Conhecida pelos amigos e familiares como ‘Bel’, a mulher deixou três filhos e dois netos. Ao g1, Rafael contou que é o filho do meio e viu a trajetória da mãe no futebol desde a infância dele. Bel, inclusive, incentivou os filhos a praticarem o esporte.
“Estava envolvida em futebol desde quando eu e meus irmãos éramos pequenos. Sempre nos acompanhou em todos os jogos e treinos, nos incentivando”, afirmou.
Maria Isabel deixou três filhos e dois netos
Arquivo Pessoal
De acordo com ele, a mulher jogou no time feminino da Associação Desportiva Vila Nova durante a juventude e, como amava estar em campo, jamais deixou os gramados. “Foi seguir sua história como árbitra de futebol. Já estava há mais de 20 anos”, relatou Rafael.
Apesar dos 63 anos, Bel não pensava em parar a carreira. “Sempre foi disposta, sempre em campo”, disse o filho, que sempre lembrará da mãe pela alegria e o sorriso marcante.
“O legado que ela deixa é que tudo na vida sempre dá certo no final. Não importava a dificuldade, ela colocava um sorriso no rosto e sempre seguia em frente”, finalizou Rafael.
Maria Isabel atuava como árbitra do futebol de várzea de Itanhaém (SP)
Arquivo Pessoal e Redes sociais
Maria Isabel foi velada e sepultada no cemitério do Jardim Coronel nesta segunda-feira (21).
Em nota, a associação Vila Nova lamentou a morte de Bel. “Perdemos uma grande mulher que marcou história na área esportiva de Itanhaém”, publicou a entidade nas redes sociais.
Entenda o caso
Maria Isabel morreu enquanto trabalhava como árbitra em Itanhaém (SP)
Arquivo pessoal
De acordo com o registro policial, Maria Isabel caiu no gramado e moradores perceberam que ela estava em parada cardiorrespiratória, por isso, realizaram manobras de ressuscitação.
A população ainda acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas decidiu levar a árbitra até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade por meios próprios. No entanto, o quadro dela não foi revertido e o óbito foi constatado pelos médicos às 15h.
Segundo Rafael, a mãe só tomava medicação para controlar a pressão e não tinha comorbidades. “Sempre esteve bem em todos os jogos, inclusive naquele”, disse em entrevista ao g1.
Ainda de acordo com ele, a família não recebeu nenhum auxílio da Prefeitura de Itanhaém, que apoiava o evento. Os familiares ainda denunciaram a falta de ambulância no local.
Em nota, a Prefeitura de Itanhaém lamentou a morte e informou que “está apurando todas as circunstâncias relacionadas ao ocorrido”.
A administração municipal também publicou uma nota de pesar nas redes sociais (veja abaixo).
Prefeitura de Itanhaém (SP) lamentou morte de Maria Isabel
Redes sociais
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