China e Rússia buscam rebalancear ordem global com reuniões, afirma Pfeifer

A celebração do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em Moscou, marcando 80 anos desde o fim do conflito, em 1945, será palco de um encontro crucial entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, segundo o coordenador-geral do Grupo de Análise de Estratégia Internacional em Defesa, Segurança e Inteligência da Universidade de São Paulo (DSI-USP), Alberto Pfeifer.

A data marca a vitória das tropas da União Soviética e de países aliados contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Para Pfeifer, a visita oficial do líder chinês à Rússia, de 7 a 10 de maio, promete ser um evento de grande importância geopolítica, potencialmente redefinindo o equilíbrio de forças no cenário internacional.

“A visita de Xi Jinping a Moscou representa uma oportunidade para renegociar e aprofundar os vínculos estratégicos entre Rússia e China”, afirma Pfeifer.

Para o coordenador do DSI-USP, a China tem desempenhado um papel crucial para a Rússia, que enfrentou severas sanções internacionais após o início do conflito na Ucrânia.

“O apoio chinês se manifestou através de exportações de petróleo, alimentos e minérios russos para a China, além do fornecimento de armas e produtos manufaturados chineses para a Rússia. Mais significativo ainda foi o apoio político de Pequim, que, embora não abertamente declarado, foi suficiente para permitir que Putin mantivesse sua campanha militar”, explica.

De acordo com Pfeifer, este encontro entre Putin e Xi Jinping pode sinalizar um rebalanceamento das forças mundiais, com uma concentração no eixo Rússia-China. “Tal movimento poderia diminuir o impacto das tentativas ocidentais de reintegrar a Rússia à ordem global por vias mais alinhadas com o Ocidente”, avalia.

A visita ocorre em um momento em que as relações entre China e Estados Unidos estão tensas, especialmente após a intensificação da guerra comercial iniciada por Donald Trump.

“A incapacidade de se chegar a uma fórmula de paz entre Ucrânia e Rússia também contribuiu para abrir espaço para que estes dois parceiros, China e Rússia, busquem uma nova configuração da ordem mundial que atenda aos seus interesses”, conclui.

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