A China parabenizou Robert Francis Prevost por sua escolha como o novo papa, expressando a esperança de um diálogo contínuo com o Vaticano, apesar dos laços tensos e delicados.
“Esperamos que, sob a liderança do novo papa, o Vaticano continue a dialogar com a China de forma construtiva, mantenha uma comunicação aprofundada sobre questões internacionais de interesse mútuo, promova conjuntamente a melhoria contínua das relações China-Vaticano e contribua para a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade global”, disse Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (09).
O Partido Comunista da China, um Estado oficialmente ateu com milhões de católicos, tem tido uma relação difícil e complexa com o Vaticano.
O Vaticano não mantém relações diplomáticas formais com a China desde 1951, quando o recém-estabelecido regime comunista rompeu laços e expulsou o núncio papal, o enviado da Santa Sé.
Em vez disso, o Vaticano continua sendo um dos poucos países – e o único na Europa – que reconhece a soberania de Taiwan, uma democracia insular autogovernada reivindicada por Pequim.
Essa lealdade diplomática continua sendo um ponto sensível para Pequim, que há décadas disputa com o Vaticano sobre quem pode nomear bispos católicos na China.
O papa Francisco tentou abordar a questão por meio de um acordo histórico – embora controverso – com o governo chinês, aproximando o Vaticano da liderança do Partido Comunista mais do que qualquer um de seus antecessores.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Apesar de relação tensa com Vaticano, China felicita o papa Leão XIV no site CNN Brasil.