
Um advogado suspeito de tentar explodir uma bomba no Terminal do Boqueirão, em Curitiba, foi preso nesta segunda-feira (12). O caso foi registrado em 31 de março, quando um vigilante notou uma sacola na plataforma de embarque dos ônibus biarticulados, que liberava fumaça.
Segundo as investigações conduzidas pela DEAM (Delegacia de Explosivos, Armas e Munições), o homem, de 28 anos, entrou encapuzado, mascarado e usando peruca para deixar a bomba no terminal de ônibus. O delegado Adriano Chohfi detalha que, para dificultar a identificação, o advogado utilizou um cartão avulso de transporte coletivo.
As apurações apontam que o suspeito teria usado uma casa no bairro Ganchinho para planejar o crime e construir a bomba. Na residência, o advogado se encontrava com outros integrantes de um grupo ativista, pelo menos, desde janeiro. Nesta fase das investigações, outras três pessoas são suspeitas de participar, de alguma forma, do atentado no Terminal do Boqueirão.
O delegado explica que ocorrências semelhantes foram registradas em outros três estados brasileiros.
No dia da ocorrência, foram encontrados papéis com mensagens como “abaixo generais golpistas”, “morte aos fascistas”, “viva o maoísmo” e “viva a guerra popular”. O comandante do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Major Serbena, detalha que a bomba, se acionada, poderia ter ferido diversas pessoas.
O advogado, que é concursado em um banco estatal, é investigado por tentativa de explosão e por colocar em risco a vida e a integridade de pessoas em local de grande circulação.
Além do mandado de prisão, dois de busca e apreensão foram cumpridos: um no bairro Ganchinho, onde ocorriam as reuniões, e outro no bairro Ahú, onde o homem morava. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanhou a ação.
Reportagem: Mirian Villa