(G)I-dle agora se chama “i-dle”: “Nossa verdadeira identidade”

É o início de uma nova era para o grupo de k-pop i-dle, e por muitos motivos.

O primeiro passo dessa transformação foi a mudança de nome. No dia 1º de maio, o quinteto formado por SOYEON, MIYEON, MINNIE, YUQI e SHUHUA anunciou que deixaria o “G” de lado. A letra, que significava “Girl” (menina, em português), saiu oficialmente de cena. A partir de agora, o grupo atende simplesmente por i-dle.

“Acho que finalmente encontramos nossa verdadeira identidade”, esclarece a líder SOYEON à CNN. “Originalmente éramos ‘i-dle’, mas com os parênteses envolvendo o G, nossa identidade parecia um pouco indefinida”.

Outra novidade é o mini-álbum “[We are]”, lançado na segunda-feira (19), o primeiro desde a renovação do contrato com a empresa CUBE Entertainment em dezembro de 2024. Entre as seis faixas, está o single “Good Thing”, que critica a superficialidade das aparências no mundo moderno.

À CNN, as artistas contaram que foi o primeiro projeto em que todas as integrantes participaram da composição e deram detalhes da relação de sete anos que elas têm. Confira:

A mudança de nome de “(G)I-DLE” para “i-dle” marca uma nova fase para vocês. Como “i-dle” reflete a identidade atual do grupo e a trajetória que percorreram juntas?

SOYEON: Eu não chamaria de rebranding, mas acho que finalmente encontramos nossa verdadeira identidade. Originalmente éramos “i-dle”, mas com os parênteses envolvendo o G, nossa identidade parecia um pouco indefinida.
SHUHUA: Era um pouco ambíguo.
SOYEON: Sim, agora encontramos essa identidade de forma apropriada, e vamos continuar mostrando lados ainda melhores de nós mesmas.

O álbum [We are] é o primeiro após a renovação de contrato. O processo foi diferente dos lançamentos anteriores? Qual foi o conceito ou a mensagem que guiou a criação?

YUQI: Quando se trata de conceito e mensagem, incluindo o estilo, com certeza fomos mais ousadas e destemidas. O mais importante é que, pela primeira vez, todas as cinco participaram da composição e escrita. É um álbum muito significativo pra gente.

Como foi ter todas participando da composição e da letra?

SHUHUA: No começo, a SOYEON me perguntou: “SHUHUA, quer escrever uma música para o álbum?” Eu pensei um pouco e respondi: “Tá bom! Vamos fazer isso!” Reuni muita coragem. Espero que vocês gostem.
MINNIE: E você, MIYEON? Conta também.
MIYEON: Na verdade, a SOYEON foi a primeira de nós a escrever e compor. Depois a MINNIE e a YUQI vieram em seguida, e fizeram músicas muito legais. Acho que consegui me desafiar por causa da influência positiva delas. Então, só quero agradecer.

Os clipes de vocês sempre trazem camadas extras de significado para as músicas. O que podem contar sobre o conceito do clipe de “Good Thing”?

MINNIE: Dessa vez é um clipe que tem muito a cara do i-dle.
SOYEON: Concordo.
MINNIE: É muito tranquilo.
YUQI: A gente parece tão próxima, tão amigas.
MINNIE: É um clipe que mostra como a gente realmente é na vida real.
YUQI: Totalmente. Paz e amor.
MINNIE: No clipe, dá pra ver o quanto a gente se ama.
MIYEON: Na verdade, até brigar pode ser parte do amor.
YUQI: Ah, mas a gente não brigou nem um pouco!

A MINNIE já comentou que vocês desenvolveram um jeito único de se comunicar sem palavras. Como essa conexão influenciou a criação de [We are]?

SOYEON: Acho que a gente realmente se conhece muito bem.
MINNIE: A gente já se entende só de olhar uma pra outra.
SOYEON: Verdade, verdade.
YUQI: Dá pra saber o que a outra está pensando só pelas ações.
SOYEON: Tipo saber se alguém está sensível hoje.
MIYEON: Ou se dá pra brincar com ela naquele dia.
MINNIE: Exatamente, saber se dá pra brincar ou não.
YUQI: Ai, isso é muito engraçado.

O i-dle sempre foi visto como um grupo de mulheres fortes e independentes, que têm controle criativo sobre sua música. Que impacto vocês esperam causar para as próximas gerações de mulheres na música?

SOYEON: Quando a gente debutou, as pessoas nos chamavam de ousadas e diferentes, em parte por sermos artistas mulheres que escrevem e compõem suas próprias músicas. Mas, mais do que isso, queremos ser um grupo que cria mais oportunidades para que todos os artistas se expressem livremente.

Mas também é importante ter momentos de vulnerabilidade e pedir ajuda. O que vocês fazem quando precisam de força?

MIYEON: Acho que é importante praticar um pouco de autocontrole. Eu tenho uma frase que criei: “Vamos dar o nosso melhor hoje.” Eu falo isso não só para o NEVERLAND, mas também pra mim mesma. É como um feitiço mágico.
SOYEON: Concordo totalmente.
TODAS: Vamos dar o nosso melhor!
SOYEON: Amei! [risos]

O i-dle parece ter uma postura pública muito honesta, sem medo de dizer o que pensa. Vocês se enxergam assim? Acham que isso fortalece a conexão com os fãs?

SOYEON: Todas nós temos personalidades bem sinceras, e não temos medo de discutir quando é preciso. Somos do tipo que fala exatamente o que está pensando. Acho que isso aparece muito na nossa música também. Talvez por isso os fãs nos achem interessantes e diferentes de outros grupos.

Vocês conseguem lembrar de um momento em que se sentiram realmente poderosas? Quando vocês mais se sentem como as pessoas fortes que são hoje?

SOYEON: YUQI, você sempre diz que se sente assim, né?
YUQI: Sinceramente, não acho que seja algo que eu “sinto”. É só parte de quem eu sou.
SOYEON: Ah, tipo confiança?
YUQI: Eu acredito que você precisa de confiança pra fazer qualquer coisa, e acho que eu nasci com isso. Provavelmente já tinha essa confiança ainda no útero da minha mãe. Então, em vez de um momento específico, acho que sou assim todos os dias, em todos os momentos.

Podem mandar uma mensagem especial para os NEVERLANDs do Brasil?

MIYEON: Para nossos fãs do Brasil, nosso comeback está chegando! Então esperamos que vocês nos deem muito, muito amor e fiquem animados! Queremos muito ver vocês em breve!

Confira a entrevista em vídeo:

Este conteúdo foi originalmente publicado em (G)I-dle agora se chama “i-dle”: “Nossa verdadeira identidade” no site CNN Brasil.

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