A Petrobras projeta realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO) na Foz do Amazonas em 40 dias, disseram fontes à CNN. Este é o “próximo passo” na busca da companhia pela licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para explorar petróleo na região, que fica no litoral do Amapá, na Margem Equatorial.
Na prática, a companhia precisa posicionar seu ferramental na região e marcar uma data para a APO junto ao Ibama. Parte fundamental deste processo é transportar a sonda de perfuração NS-42 — selecionada para a operação na região — até o local.
Acontece que neste momento a Petrobras se ocupa de limpar o casco do navio sonda destacado para a perfuração. É realizada a remoção de colônias de coral-sol da embarcação, processo necessário quando se mobiliza equipamentos para áreas não afetadas pela espécie, caso do Norte do país.
Segundo fontes próximas ao assunto, o processo de remoção da espécie invasora deve durar 20 dias. Este período se soma ao tempo de viagem entre a Baía de Guanabara (no Rio de Janeiro) até o local da perfuração, que tomará entre 16 e 20 dias. Assim, a APO poderia acontecer no início de julho, na estimativa da Petrobras.
Já técnicos do Ibama, que coordenarão a APO, projetam que o simulado acontecerá entre julho e agosto, segundo apuração da CNN.
A APO é realizada sempre que uma região apresenta sensibilidade ambiental. A atividade é coordenada pelo Ibama, que marca uma data junto à companhia (no caso a Petrobras) para a atividade. A ideia do simulado é provar que o plano apresentado no papel é exequível.
O Ibama elaborará um cenário de acidente, baseado nos aspectos do plano a serem testados. Na data marcada, então, acionará a empresa por seus canais de emergência e informará detalhes da situação — como o local do vazamento, a quantidade de óleo e as condições de clima e corrente no qual o simulado ocorrerá.
Ao longo do teste, o Ibama insere detalhes à emergência, que podem ir desde a inutilização de uma plataforma até o resgate de um animal oleado.
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