É falso que navio enterrado há 10 mil anos tenha sido encontrado na selva do Equador

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Boato — Um navio gigante foi encontrado enterrado há mais de 10 mil anos na floresta equatoriana, na província de Pastaza, com sinais de tecnologia avançada e possível origem extraterrestre.

Análise

Tem circulado nas redes sociais um conteúdo que aponta para uma suposta descoberta arqueológica impressionante na América do Sul. A mensagem, que vem acompanhada de uma imagem, afirma que um “navio gigante de origem desconhecida” teria sido encontrado enterrado na selva amazônica, na província de Pastaza, no Equador.

Segundo o texto, o artefato teria mais de 10 mil anos, seria feito de uma liga metálica não identificada e apresentaria inscrições incompreensíveis, o que levantaria suspeitas sobre uma origem extraterrestre ou de uma civilização avançada do passado. A narrativa ainda cita o uso de radar de penetração no solo e nomeia uma suposta arqueóloga, Dra. Isabel Márquez, como responsável pela descoberta. Confira o conteúdo divulgado:

Descoberta incrível! “Um navio gigante foi encontrado enterrado na selva do Equador, escondido por mais de 10.000 anos: possíveis evidências de tecnologia avançada do nosso passado. Essa descoberta pode mudar a forma como entendemos a história humana. Uma equipe de arqueólogos encontrou uma estrutura colossal enterrada na floresta amazônica equatoriana. A formação, identificada como um navio gigante de origem desconhecida, foi completamente coberta por sedimentos e vegetação, permanecendo escondida por mais de 10.000 anos. A descoberta foi feita na província de Pastaza, numa região remota com difícil acesso.

Usando tecnologia de radar de penetração no solo (GPR), a equipe liderada pela Dra. Isabel Márquez detectou uma anomalia no solo que inicialmente se pensava ser uma formação rochosa natural. No entanto, as escavações revelaram um objeto de dimensões impressionantes, com características que sugerem um design tecnológico muito avançado para qualquer civilização conhecida.

A estrutura tem aproximadamente 100 metros de comprimento, com uma forma aerodinâmica que lembra naves de ficção científica. Essa estrutura, foi construída com um material desconhecido que, segundo análises preliminares, poderia ser uma liga metálica com propriedades ainda não compreendidas pela ciência moderna. As paredes exteriores apresentam gravuras geométricas e padrões que parecem ter um propósito funcional, talvez relacionado com energia ou navegação. Dentro do navio, arqueólogos descobriram câmaras perfeitamente preservadas contendo artefatos estranhos, incluindo esferas de vidro e painéis com inscrições que não correspondem a nenhuma língua conhecida. Análise inicial com espectroscopia revelou vestígios de materiais que não existem naturalmente na Terra, intensificando a especulação sobre sua origem.

A descoberta gerou uma onda de teorias e debates na comunidade científica. Alguns especialistas acreditam que a nave pode ser evidência de uma civilização terrestre extremamente avançada que desapareceu há milênios. De acordo com esta teoria, a estrutura poderia ter sido um tipo de laboratório ou transporte usado por esta cultura para explorar o planeta. Por outro lado, outros pesquisadores sugeriram que o navio poderia ter uma origem extraterrestre. O alinhamento da estrutura com certos padrões estelares e os materiais exóticos encontrados levou alguns a propor que poderia ser uma antiga nave alienígena que ficou presa na Terra por algum evento catastrófico.

Outra hipótese ainda mais ousada sugere que a nave poderia ter sido construída com tecnologia híbrida, resultado de uma colaboração entre humanos antigos e seres de outro mundo. Embora estas teorias pareçam algo saído de um livro de ficção científica, a equipa de pesquisa não descarta nenhuma possibilidade até que os estudos estejam concluídos. Entre os objetos encontrados, destacam-se alguns discos de metal que parecem ser dispositivos de armazenamento de informações.

Apesar de não terem sido capazes de ser ativados, os cientistas acreditam que poderiam conter dados cruciais sobre a função da nave e a civilização que a criou. Além disso, as gravuras nos painéis sugerem um profundo conhecimento de geometria avançada e física quântica, conceitos que só começamos a entender hoje. Se for confirmado que esta nave tem mais de 10.000 anos, esta descoberta forçará a história da humanidade a ser reescrita. A ideia de que tal tecnologia avançada existia num passado tão distante desafia as teorias tradicionais sobre o desenvolvimento da nossa espécie e abre novas perguntas sobre a nossa verdadeira origem

Checagem

A história ganhou popularidade nas redes sociais, mas não há qualquer prova de que um “navio gigante de 10 mil anos” tenha sido encontrado na Amazônia equatoriana. Nesta checagem, vamos responder: 1) Um navio de 10 mil anos foi encontrado enterrado na selva do Equador? 2) A suposta imagem do navio de 10 mil anos encontrado em Pastaza é real? 3) Há outros boatos semelhantes sobre descobertas arqueológicas?

Um navio de 10 mil anos foi encontrado enterrado na selva do Equador?

Não. Não há nenhum registro confiável sobre uma descoberta arqueológica como a mencionada. Nenhum portal de notícias sério, instituição científica ou publicação acadêmica cita a tal estrutura em Pastaza. Também não há registros de uma arqueóloga chamada “Dra. Isabel Márquez” envolvida em tal escavação.

A suposta imagem do navio de 10 mil anos encontrado em Pastaza, no Equador, é real?

Não. A imagem que acompanha as postagens foi criada por inteligência artificial. Ela apresenta características visuais que não condizem com escavações arqueológicas reais, como iluminação surreal, ausência de detalhes contextuais e proporções exageradas. Além disso, nenhuma fonte confiável disponibilizou qualquer imagem ou estudo que valide a existência de tal estrutura.

Há outros boatos semelhantes sobre descobertas arqueológicas?

Sim. Com frequência, surgem nas redes sociais histórias de “descobertas impossíveis”, quase sempre com imagens geradas por IA e textos que misturam termos técnicos e ficção científica. É o caso dos falsos relatos sobre esqueletos gigantes, robôs milenares e até múmias com mais de três metros de altura. Essas histórias seguem o mesmo roteiro: locais remotos, falta de fontes, pseudociência e uso de termos técnicos para dar veracidade.

Conclusão

A informação de que um navio gigante de 10 mil anos teria sido descoberto na floresta equatoriana é completamente falsa. Não há qualquer evidência arqueológica, científica ou jornalística que comprove tal descoberta. A imagem foi criada por inteligência artificial e o enredo do boato segue um padrão comum em fake news sobre “descobertas que reescrevem a história”.

Fake news ❌

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