Um ataque contra funcionários da embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos, resultou na morte de duas pessoas esta semana. O caso, que ocorreu em frente ao Museu Judaico, foi marcado por gritos de “Palestina livre” por parte do atirador durante sua detenção.
Américo Martins, analista sênior de Internacional da CNN Brasil, enfatizou a necessidade de condenar veementemente qualquer ato de antissemitismo. “É preciso condenar claramente qualquer ato de antissemitismo, como fizeram inclusive os líderes europeus que foram criticados pelo ministro”, afirmou Martins.
O analista também destacou o aumento preocupante de crimes de ódio contra judeus, conforme relatado por várias entidades judaicas. Ele ressaltou a importância de lamentar as mortes dos funcionários diplomáticos israelenses e evitar que outros casos semelhantes se repitam.
Complexidade do conflito em Gaza
Martins abordou a complexidade da situação, mencionando a necessidade de condenar os ataques do Hamas e exigir a libertação dos reféns mantidos em Gaza. “É preciso exigir um ponto que a gente não explorou muito aqui, que o Hamas liberte os reféns que estão nas mãos deles lá na faixa de Gaza. Isso também é potencialmente, muito claramente, um crime de guerra”, explicou.
No entanto, o analista também criticou a postura de Israel no conflito. Ele considerou legítimas as críticas dos governos europeus à condução da guerra por Israel, citando o elevado número de mortes de civis e a extensa destruição na Faixa de Gaza.
Martins alertou contra a tentativa de misturar propositalmente as críticas legítimas à política israelense com acusações de antissemitismo. “Dizer que os países europeus fazem uma onda antissemitista e eles são os responsáveis diretos por esse tipo de morte ou ataques contra interesses israelenses é tentar misturar propositalmente as coisas”, concluiu o analista.
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