Integrantes da Polícia Federal, da polícia italiana e da embaixada confirmaram à CNN que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) está na Itália e desembarcou no Aeroporto de Roma Fiumicino, na manhã de quinta-feira (5).
A parlamentar saiu do Brasil para a Argentina, depois foi para os Estados Unidos e, em seguida, rumo à Europa após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli anunciou na terça-feira (3) em suas redes sociais que estava fora do Brasil e que iria para a Europa. Na quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão da deputada, a suspensão de seu passaporte e a inclusão de seu nome na lista de foragidos internacionais da Interpol.
A Polícia Federal enviou o pedido à Interpol ainda na quarta-feira, e a inclusão do nome dela foi aceito às 12h45 do mesmo dia, quando a deputada já estava em solo italiano, onde tem cidadania.
Conforme apurou a CNN, a Polícia Federal, com apoio da Interpol e da polícia da Itália, chegou a organizar a prisão da deputada no aeroporto de Roma.
A detenção, porém, não foi cumprida porque a parlamentar desembarcou na Europa às 11h, horário em que o nome dela ainda não constava como foragida internacional na lista vermelha da Interpol.
O nome dela só foi repassado a todas as polícias do mundo como alerta às 12h45. Neste horário, não havia mais como a operação ter êxito e o plano foi desfeito, segundo fontes.
O empecilho para a prisão se explica no fato de que a deputada era foragida da Justiça apenas no Brasil naquele momento, e não poderia ser presa em outro país. Com a inclusão na Interpol, ela passou a ser uma foragida que pode ser presa por outra força policial em qualquer cidade do mundo – a depender das regras de cada país.