Pelo menos 10 palestinos foram mortos por disparos de tanques israelenses em Gaza nesta sexta-feira (6), informaram autoridades de saúde locais ligadas ao Hamas.
Já no norte da Faixa de Gaza, 10 pessoas morreram em bombardeios israelenses em Jabalia.
Enquanto isso, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF) pediu aos moradores que se afastem dos locais de distribuição de ajuda “para sua segurança”, após uma série de tiroteios mortais.
A GHF é uma entidade com origens desconhecidas e alvo de críticas internacionais. Apesar da aparente pouca experiência em trabalhos humanitários, recebeu aval de Israel e dos Estados Unidos para atuar no território palestino.
O grupo abriu dois locais no sul de Gaza na quinta-feira (5), depois de fechar todos os seus centros no dia anterior, na sequência de disparos nas proximidades de suas operações. Até o momento, ela operou quatro centros de distribuição.
A fundação ignora as agências de ajuda tradicionais e tem sido criticada por organizações humanitárias, incluindo as Nações Unidas, por suposta falta de neutralidade, o que o grupo nega.
A GHF interrompeu as distribuições na quarta-feira (4) e disse que estava pressionando as forças israelenses para melhorar a segurança dos civis além do perímetro de suas operações, depois que dezenas de palestinos foram mortos a tiros perto do local de Rafah durante três dias consecutivos.
Disparos perto de distribuição de comida
Os militares israelenses disseram no domingo e na segunda-feira que seus soldados fizeram disparos de advertência. Na terça-feira, disseram que as forças também dispararam tiros de advertência antes de atirar contra os palestinos que, segundo eles, estavam avançando em direção às tropas. A GHF afirma que a ajuda foi distribuída com segurança a partir de suas instalações sem incidentes.
Israel intensificou novamente uma ofensiva contra o grupo militante Hamas, dominante em Gaza, desde que rompeu um cessar-fogo de dois meses em março, em uma guerra desencadeada pelo ataque transfronteiriço do Hamas em 7 de outubro de 2023.