O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma reunião com empresários franceses durante sua visita à França, onde discutiu o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O encontro, que ocorreu nesta sexta-feira (6), foi marcado por um discurso do presidente brasileiro no Fórum Econômico, no qual ele defendeu a ampliação da venda de produtos entre os dois países.
Durante seu pronunciamento, Lula expressou surpresa com o baixo volume de comércio entre Brasil e França, considerando o tamanho e a importância econômica de ambas as nações. “Não tem explicação um país do tamanho da França e do tamanho do Brasil, com a economia da França, com a economia do Brasil, só ter um fluxo de comércio de 10 bilhões de dólares”, afirmou o presidente.
Incentivo ao comércio bilateral
O presidente brasileiro enfatizou a necessidade de uma postura mais proativa por parte dos ministros de comércio exterior, sugerindo que estes não deveriam ficar “sentados numa cadeira no ministério” e sim viajar para promover os produtos nacionais. Lula argumentou que é preciso “vender aquilo que achamos que é bom” e não esperar passivamente que outros países procurem os produtos brasileiros.
Em um momento marcante de seu discurso, Lula questionou: “por que eu não posso comprar um franguinho francês e por que os franceses não podem comprar um franguinho brasileiro?” O presidente destacou que o comércio binacional deve ser uma “via de duas mãos”, onde ambos os países compram e vendem, exigindo e oferecendo qualidade.
Lula também abordou as preocupações do governo francês em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia, especialmente no que diz respeito à proteção dos agricultores franceses. O presidente brasileiro propôs uma aproximação entre os produtores dos dois países, afirmando que eles descobririam que suas agriculturas são complementares e não concorrentes.
Otimismo para o acordo Mercosul-UE
Demonstrando otimismo quanto ao futuro das negociações, Lula informou que assumirá a presidência do Mercosul em 6 de julho, com mandato até dezembro. O presidente brasileiro afirmou ter dito ao presidente francês, Emmanuel Macron, que antes do término de sua presidência no bloco sul-americano, o acordo entre União Europeia e Mercosul será assinado.
