O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, se reuniu com o chanceler francês, Jean-Noel Barreau, e com Laurent Fabius, quem presidiu a COP21, responsável pelo Acordo de Paris há 10 anos. O encontro aconteceu durante missão oficial em Paris, na França, nesta sexta-feira (6).
Corrêa do Lago, Jean-Noel Barreau e Laurent Fabius discutiram as expectativas positivas em relação à COP30 e o papel do Círculo de Presidentes das COPs, atualmente presidido por Laurent . O Círculo funciona como fórum para compartilhamento de experiências, aconselhamento à presidência da COP30 e propostas de soluções para acelerar a implementação do Acordo de Paris, fortalecer o multilateralismo e a governança climática global.
Durante a reunião, Corrêa do Lago destacou que a COP30 representa uma oportunidade única para transformar a visão global acordada em Paris em 2015 em ação concreta.
“O objetivo é que Belém marque um ponto de inflexão na luta climática. Que impulsione ações ambiciosas por parte dos países signatários do Acordo e que promova um amplo engajamento da sociedade civil, dos governos e do setor privado”, declarou o embaixador brasileiro.
Na quinta-feira (5), os governos do Brasil e da França divulgaram comunicado conjunto no qual reafirmam o compromisso dos dois países em impulsionar a implementação do Acordo de Paris e dos compromissos já firmados por 196 países e blocos de países há 10 anos. O comunicado reforça a urgência de mobilizar recursos, fortalecer a governança climática e garantir a participação de povos indígenas e comunidades tradicionais nas decisões sobre o futuro do planeta.
Círculos
O Círculo de Presidentes é um dos quatro círculos de liderança criados pela presidência brasileira para apoiar os trabalhos da COP30. Os outros círculos são:
- Círculo dos Povos, liderado pela ministra Sonia Guajajara, que amplifica vozes indígenas e tradicionais;
- Círculo de Ministros da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad, que foca em financiamento climático;
- Círculo do Balanço Ético Global, coordenado por Marina Silva, com o apoio do presidente Lula e do secretário-geral da ONU, António Guterres, dedicado à mobilização ética e à inclusão de múltiplos setores no debate climático.