
A defesa do prefeito de Pontal do Paraná, no litoral, Rudão Gimenes (MDB), diz que vai adotar todas as medidas cabíveis, contra a decisão da Justiça Eleitoral que cassou o mandato da chapa eleita para comandar a cidade no ano passado. O prefeito e a vice, Patricia Marcomini (PSD), foram condenados pela prática de compra de votos.
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O suplente a vereador Ezequiel Tavares Alves (PSD) também foi punido no mesmo processo. Além da perda do mandato, os condenados foram declarados inelegíveis por oito anos. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (6). Nas redes sociais, o prefeito negou as acusações e disse confiar na própria defesa.
A condenação é de primeira instância e cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. O prefeito e a vice permanecem nos cargos até o julgamento definitivo do processo e dos recursos.
Conforme a sentença, os condenados promoveram um churrasco na cidade, com a distribuição de alimentos e canos de PVC em troca de votos. Durante o evento, houve também o pedido expresso dos envolvidos, para que os presenteados votassem no então candidato a prefeito, que concorreu à reeleição.
O advogado de defesa da chapa, Raul Siqueira, não nega que o evento ocorreu, muito menos que nele houve a distribuição de donativos à população da cidade. O ponto de questionamento é a participação direta do prefeito e da vice.
Testemunhas ouvidas no processo disseram que uma associação levou até ao candidato a vereador Ezequiel Tavares Alves (PSD) um pedido de melhorias na rede de esgoto. A partir da demanda, o político organizou um churrasco na região, com a presença do prefeito, onde foi realizada a distribuição de canos de PVC, alimentos e demais donativos. Nesse mesmo evento, foi realizada a entrega de santinhos.
Para a defesa, mesmo que o churrasco tenha ocorrido, a influência da festa no resultado final da eleição é nula.
Rudão Gimenes foi reeleito em 2024 com 53% dos votos válidos. O segundo colocado, Edgar Rossi (NOVO), fechou a votação com 27% da preferência do eleitorado.
Se a cassação do mandato for confirmada, uma eleição suplementar deve ser convocada no município para a escolha de uma nova chapa para a prefeitura.
Reportagem: David Musso