Salto: Alternativas ao IOF aliviam no curto prazo, mas não crise estrutural

O governo federal apresentou um pacote econômico com alternativas à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), buscando manter a arrecadação prevista para o orçamento.

Segundo Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, as medidas anunciadas são positivas no sentido de auxiliar as contas públicas a fecharem verdes no curto prazo, especialmente para o próximo ano.

No entanto, Salto ressalta que é necessário cautela, pois os detalhes ainda serão divulgados e as propostas precisam tramitar pelo Congresso Nacional.

O economista ainda alerta que, mesmo com o aumento da arrecadação e a possibilidade de um resultado primário melhor, o problema estrutural de equilíbrio das contas públicas a longo prazo está longe de ser resolvido.

Foco nas receitas e ausência de medidas para gastos

O economista destaca que os anúncios estão concentrados no lado da receita, o que considera uma abordagem limitada.

Salto esperava ver também uma lista de medidas relacionadas aos gastos públicos. Entre as propostas mencionadas estão a revisão de incentivos fiscais e a tributação de 5% sobre LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures incentivadas, anteriormente isentas, além da elevação da taxação sobre bets.

Salto argumenta que, embora essas ações possam ajudar a recuperar a receita, faltou um conjunto de medidas do lado das despesas. O ministro Fernando Haddad indicou que ações relacionadas aos gastos serão anunciadas nos próximos dias.

 

Ele enfatiza a necessidade de recobrar as condições de sustentabilidade da dívida pública, o que exigirá mais ações, especialmente no controle dos gastos.

Resistências e desafios políticos

O economista aponta para a resistência do Congresso e a falta de convicção de alguns setores do governo como obstáculos para a implementação de medidas mais abrangentes de contenção do crescimento dos gastos públicos.

Ele destaca a importância de abordar questões como a indexação do salário mínimo, as vinculações orçamentárias e a revisão de subsídios e subvenções.

Em conclusão, Salto enfatiza que, embora as medidas propostas possam trazer alívio no curto prazo, o desafio de equilibrar as contas públicas de forma sustentável permanece, exigindo ações mais amplas e estruturais tanto no lado da receita quanto no das despesas.

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