O projeto do Corredor Bioceânico, que ligará o Mato Grosso do Sul ao Oceano Pacífico, promete trazer uma nova perspectiva econômica para a região, aumentando a competitividade do Brasil no mercado internacional.
Em entrevista ao CNN Money, Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, detalhou os avanços e a importância deste empreendimento para o escoamento da produção agrícola brasileira.
Riedel destacou quatro grandes investimentos em infraestrutura logística que estão em andamento no estado:
- PPPs das rodovias: duplicação de mais de 1.600 quilômetros nos eixos norte-sul e leste-oeste, com investimentos que ultrapassam R$ 20 bilhões nos próximos 10 anos.
- Retomada da malha ferroviária oeste: conexão com a malha paulista para atender ao complexo de celulose.
- Hidrovia: partindo de Corumbá, para escoamento da crescente produção mineral através do Uruguai.
- Rota Bioceânica: o projeto mais ambicioso, que se concretizará com a conclusão da ponte prevista para 2026.
Detalhes do Corredor Bioceânico
O governador explicou que a Rota Bioceânica envolve não apenas a construção da ponte, mas também 13 quilômetros de acesso, uma obra tão complexa quanto a própria ponte. Além disso, a pavimentação no Paraguai está em desenvolvimento, liderada pelo governo federal paraguaio.
A conclusão deste corredor permitirá a conexão com os portos do Chile, trazendo benefícios significativos para a exportação de produtos brasileiros, especialmente proteínas animais como frango, suíno e carnes processadas.
Riedel ressaltou que a rota também facilitará a entrada de produtos dos mercados asiáticos.
Um dos principais ganhos será a redução de 14 dias no tempo de viagem de navio entre os portos do Chile e a Ásia, comparado às rotas atuais. Esta economia de tempo se traduzirá em maior competitividade para os produtos brasileiros no mercado internacional.