Especialista: Alto comando iraniano planeja retaliação à Israel

O professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Rodrigo Amaral, afirmou em entrevista à CNN que o alto comando iraniano planeja retaliar contra Israel após o recente ataque israelense ao território do Irã.

Segundo Amaral, o ataque israelense marca uma nova escalada nas tensões entre os dois países no Oriente Médio.

O especialista destaca que, embora ataques entre Irã e Israel não sejam inéditos, o nível militar da ofensiva atual é sem precedentes, sendo considerado o maior ataque em território iraniano desde a guerra Irã-Iraque nos anos 1980.

Histórico de confrontos recentes

O professor relembrou dois episódios de ataques e contra-ataques entre Irã e Israel ocorridos no ano anterior.

Em abril de 2023, Israel atacou uma embaixada iraniana em Damasco, levando o Irã a retaliar com ataques inéditos a Israel.

No segundo semestre, após o assassinato de um líder do Hamas, o Irã respondeu com 200 ataques de mísseis e drones a Israel.

Amaral ressalta a gravidade do ataque atual, que atingiu lideranças, comandantes e cientistas iranianos de uma forma nunca vista anteriormente. “Então nós estamos vendo um episódio muito grave e se nós pegarmos o que aconteceu nos dois episódios do ano passado, foram respostas militares iranianas. Então não é absurdo nós pensarmos que nesse exato momento o alto comando iraniano estaria desejando uma retaliação”, afirmou o especialista.

Contexto geopolítico

O professor também destacou o contexto atual que motivou o ataque de Israel ao Irã, mencionando uma série de derrotas do “eixo da resistência” no final do ano passado.

Essas derrotas teriam colocado em xeque a defesa hegemônica regional iraniana em apoio a grupos como Hamas, Houthis e milícias iraquianas e sírias.

Apesar disso, Amaral ressalta que o Irã ainda é considerado uma potência regional com capacidade de enriquecimento de urânio, podendo desenvolver uma bomba nuclear nos próximos meses. Este fator adiciona complexidade à situação e aumenta a preocupação internacional sobre possíveis escaladas no conflito.

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