Neste sábado (14), é reconhecido o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, formalizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visa reconhecer a contribuição dos doadores para a saúde e bem-estar de milhões de pacientes, além de chamar a atenção para a necessidade da doação regular.
A doação de sangue é importante para ajudar pacientes que sofrem com condições de risco de vida e para apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos, principalmente no tratamento de pacientes em emergência que perderam sangue devido a traumas ou ferimentos.
De acordo com o hematologista e hemoterapeuta Fábio Lino, diretor do serviço de hemoterapia do Hospital do Servidor Público Estadual, a transfusão de sangue é utilizada, principalmente, nos seguintes cenários: no suporte de cirurgias de alta complexidade, no tratamento de pacientes com câncer de sangue e outras doenças hematológicas, e nos pacientes graves que estão internados há um longo período ou em situação de emergência.
“Hospitais de alta complexidade possuem cirurgias de grande porte sendo executadas. Normalmente, a transfusão de sangue ou a reserva cirúrgica do sangue acontece justamente para dar suporte e apoio para que os procedimentos sejam executados”, explica Lino à CNN.
“No caso de doenças hematológicas ou casos graves, o tratamento costuma ser um pouco mais agressivo, e os pacientes acabam tendo uma anemia mais importante ou um distúrbio de coagulação. Então, a transfusão é necessária no tratamento”, completa.
Além disso, outros tipos de pacientes que costumam ser beneficiados com a doação de sangue incluem:
- Pacientes em tratamento contra o câncer (oncológicos e hematológicos. Esses últimos são: leucemias, linfomas e mielomas múltiplos;
- Paciente com doenças renais crônicas, que precisam de hemodiálise;
- Paciente com hemoglobinopatias – anemia falciforme e talassemia;
- Pacientes que passam por cirurgias de grandes portes – cardíacas e vasculares – pois podem perder muito sangue durante o procedimento;
- Pacientes graves da UTI.
Segundo Lino, alguns pacientes necessitam transfusão de sangue de forma periódica e recorrente. É o caso de pacientes com doença renal crônica, por exemplo, que realizam tratamento com hemodiálise e precisam receber sangue periodicamente.
“Também temos pacientes com hemoglobinopatia, uma doença que afeta a hemoglobina. Eles são anêmicos e, eventualmente, precisam ser mantidos em transfusões crônicas periódicas justamente para controlar a doença e evitar algumas complicações de saúde”, explica. “Pacientes oncológicos ou em cuidados paliativos também podem precisar de transfusão de forma recorrente, para melhorar a qualidade de vida”, completa.
Quem pode doar sangue?
Para ser um doador de sangue, é necessário preencher alguns requisitos básicos. São eles:
- Estar em boas condições de saúde.
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, clique para ver documentos necessários e formulário de autorização).
- Pesar no mínimo 50kg.
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 5 horas nas últimas 24 horas).
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
- Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial: RG – Carteira de Identidade física ou cópia autenticada; RG – Carteira de Identidade digital; CNH – Carteira Nacional de Habilitação física, com foto e filiação; CNH – Carteira Nacional de Habilitação digital, com a presença do QR Code.
Para conferir os principais impedimentos temporários e definitivos para a doação de sangue, confira o site da Fundação Pró-Sangue.
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