Como são as instalações nucleares do Irã e por que é difícil acessar

O Irã possui urânio enriquecido suficiente para produzir até nove armas nucleares, segundo informações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A revelação foi feita pelo pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vitelio Brustolin, em entrevista à CNN Brasil.

De acordo com o especialista, o Irã possui centros de enriquecimento de urânio subterrâneos em Natanz e Fordow, projetados para resistir a ataques aéreos. “Natanz, por exemplo, é um centro de enriquecimento de urânio que opera com centrífugas em cascata a 40 até 50 metros abaixo do solo”, explicou Brustolin.

Instalações nucleares protegidas

O professor destacou que as instalações iranianas são construídas em profundidades que as tornam praticamente invulneráveis a ataques convencionais. “Fordow é um laboratório de enriquecimento de urânio cavado a 90 metros debaixo de uma montanha, justamente para evitar ataques aéreos de Israel”, afirmou.

Brustolin ressaltou que a infraestrutura nuclear iraniana é projetada para resistir a ataques, com túneis reforçados e portas anti-explosão entre segmentos. “Os túneis também fazem curvas de 90 graus para evitar que as explosões se propaguem”, acrescentou.

Tensões entre Irã e Israel

As informações sobre o programa nuclear iraniano surgem em um momento de escalada das tensões entre Irã e Israel. Recentemente, Israel realizou um ataque contra o território iraniano, atingindo 150 alvos durante a noite.

O professor Brustolin alertou que a situação atual torna o cenário internacional mais perigoso, com outros países manifestando interesse em desenvolver armas nucleares. “Olha para a Polônia, por exemplo, a Polônia quer armas atômicas para se defender da Rússia, a Ucrânia também”, exemplificou.

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