Conheça Chimamanda Ngozi Adichie, escritora destaque na Bienal do Rio

Na abertura da Bienal do Livro do Rio 2025, que aconteceu na sexta-feira (13), um dos destaques foi a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, 47. Autora de romances de sucesso como “Hibisco Roxo“, “Meio sol amarelo” e “Americanah“, a escritora foi entrevistada pela atriz Taís Araújo, 46, durante palestra no evento.

Chimamanda nasceu em Enugu, cidade na Nigéria, em uma família de origem igbo. Seu pai era professor de Estatística na Universidade da Nigéria e, mais tarde, se tornou vice-chanceler adjunto da instituição. Sua mãe era graduada em Sociologia e trabalhava como tabeliã.

Adichie estudou Farmácia e Medicina na Universidade Escola da Nigéria durante um ano e meio, mas percebeu que não queria seguir carreira. Ao longo da juventude, escreveu obras em prosa, sendo influenciada pela escritora inglesa Enid Blynton. Em 1997, deixou a Nigéria para estudar Comunicação na Universidade Drexel, na Filadélfia. Depois de dois anos, pediu transferência para a Universidade Estadual de Eastern Connecticut, onde completou o bacharelado em Comunicação e se especializou em Ciência Política.

Seu primeiro romance foi “Hibisco Roxo”, publicado em 2003. Foi nesta época em que começou a ganhar notoriedade na literatura internacional. Em 2006, publicou seu segundo romance, “Meio Sol Amarelo”, vencedor do Prêmio Internacional do Conto David T. Wong, o Orange Broadband Prize de Ficção em 2007 e foi pré-selecionado para o Commonwealth Writers’ Prize de Melhor Livro (Região Africana) no mesmo ano.

Em 2009, publicou sua primeira coleção de contos, “No Seu Pescoço”, e, em 2013, publicou o livro “Americanah”. Suas obras tratam de dramas sociais e culturais nigerianas, além de questões de gênero e raça.

Em paralelo ao seu trabalho como escritora, Chimamanda estudou mestrado em Escrita Criativa na Universidade John Hopkins. Em 2006, matriculou-se no mestrado em História Africana da Universidade de Yale.

Chimamanda também ficou conhecida por suas conferências no TED, como a “Os perigos de uma história única”, de 2009, e “Sejamos todos feministas”, de 2021, que foi transformada em livro em 2014.

Com o impacto de suas obras e conferências no TED, Chimamanda tornou-se um ícone pop. Em 2013, um trecho do seu discurso foi incorporado à música Flawless, da cantora Beyoncé, 43.

Mais recentemente, Chimamanda lançou seu novo romance, “A contagem dos sonhos”, cerca de 10 anos após o lançamento de seu último livro. A obra está disponível nas livrarias brasileiras desde março deste ano. O romance explora a história de quatro mulheres e seus amores, saudades e desejos.

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