Dupla é condenada a quase 110 anos de prisão por chacina que deixou sete mortos em Porto Alegre


Ataque ocorreu em julho de 2018. Crime foi motivado por desavenças envolvendo o tráfico de drogas. Uma das sete vítimas estava grávida. Chacina resultou na morte de sete pessoas na Zona Norte de Porto Alegre em 2018
Estevão Pires/RBS TV
Dois homens foram condenados, na quinta-feira (19), a quase 110 anos de prisão cada por uma chacina que deixou sete mortos em julho de 2018 em Porto Alegre. De acordo com o Ministério Público (MP), o crime foi motivado por desavenças envolvendo o tráfico de drogas (relembre o caso abaixo).
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Os nomes dos acusados, ambos de 26 anos, não foram divulgados. Os homens, que aguardavam o julgamento em um presídio, seguem presos.
Os réus respondiam por sete homicídios duplamente qualificados (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas) e por uma tentativa de homicídio, já que uma oitava pessoa baleada no local do ataque sobreviveu.
Além disso, os réus ainda foram condenados por provocar o aborto em uma das vítimas, que estava grávida. As penas somam 109 anos, 10 meses e 23 dias de prisão para cada um dos condenados.
As vítimas foram identificadas como Adriano Muller Guimarães, de 35 anos; Breno Eli Silva de Freitas, 71; Najara Katiane Schumacher Pereira, 30; Douglas Seelig de Fraga, 38; Jair da Luz de Souza, 49; Vantuir Francisco Zanella Vieira, 39; e Rita Borba de Aguiar, 33, grávida de oito meses.
Relembre o caso
Relembre: chacina deixou sete mortos em Porto Alegre (RS) em 2018
O crime ocorreu na noite de 19 de julho de 2018, no bairro Passo das Pedras, na Zona Norte de Porto Alegre.
Segundo informações da polícia, o crime ocorreu dentro de uma casa que era usada por usuários de crack para consumir a droga. Vizinhos informaram que os atiradores estavam em um carro. Eles deram diversos tiros e fugiram do local.
De acordo com a Brigada Militar (BM), seis pessoas foram encontradas mortas dentro de uma residência. A sétima vítima da chacina morreu mais tarde no Hospital Cristo Redentor.
Sem se identificar, um morador relatou medo da violência após a chacina no bairro. “Uns trinta tiros, eu acho. Ficou uns 10, 15 minutos, eu acho, com barulho de tiro. Depois o barulho da polícia, barulho de ambulância. Foi assustador”, contou, na ocasião.
A Polícia Civil trabalhou com a hipótese de execução das vítimas, quase todas alvejadas com tiros na cabeça. A investigação acredita ainda que mais pessoas estavam no local. “Havia mais do que essas oito pessoas. Algumas conseguiram fugir. A partir daí ocorreram os tiros”, afirmou o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Paulo Grillo, na época.
Casa onde aconteceu a chacina, na Zona Norte de Porto Alegre, em 2018
Josmar Leite/RBS TV
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