Semae aponta reflexo de baixa vazão de rios no abastecimento de água em Piracicaba e contrata caminhões-pipa


Transportadora de água potável vai atender locais mais afetados pela falta de água na cidade. ARQUIVO: Curso do Rio Corumbataí, em Piracicaba
Edijan Del Santo/EPTV
A baixa vazão dos rios que cortam a cidade tem afetado o abastecimento de água de Piracicaba (SP), informou o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae). A autarquia comunicou que contratou caminhões-pipa para abastecimento de áreas afetadas.
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Segundo o Semae, a estiagem gerou uma diminuição de cerca de 16% na produção de água tratada nos últimos dias por conta da baixa vazão dos rios Corumbataí e Piracicaba.
“Com a soma de fatores como a baixa qualidade da água – que demanda maior tempo para tratamento, e o aumento no consumo devido às altas temperaturas, que ocasiona uma recuperação mais lenta dos reservatórios, há instabilidade no fornecimento de água tratada, principalmente nos bairros mais distantes dos reservatórios”, comunicou.
Atualmente, 20% da água que abastece o município vem do Rio Piracicaba, e o restante, 80%, do Rio Corumbataí. Com a estiagem dos últimos meses, que em agosto baixou a vazão do Rio Corumbataí em cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, e a do Piracicaba em cerca de 30%, a qualidade da água piorou drasticamente na última semana, também conforme a autarquia.
“A baixa qualidade da água, com bastante presença de amônia, demanda uso de mais produtos químicos para tratamento e aumenta o tempo desse tratamento, o que causa instabilidade no abastecimento dos reservatórios”, acrescentou.
Rio Piracicaba
Claudia Assencio/g1
Adequação do sistema
Além disso, a necessidade de adequação imediata do sistema de tratamento de água da Estação de Tratamento de Água (ETA) Luiz de Queiroz reduziu a capacidade de produção de água, nas últimas semanas, de 750 litros por segundo para 500 litros, 33% a menos.
As obras de adequação da ETA já começaram e incluem instalação da segunda tubulação de recalque entre o reservatório e os decantadores, já realizada, além de sistema de tratamento de lodo por meio de bags (bolsas).
O material também está sendo transportado em caminhões para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ponte do Caixão durante as operações de adequação da estação. Com isso, a produção de água na ETA deve ser normalizada em 10 ou 15 dias.
De acordo com o Semae, essa solução técnica foi apresentada e aprovada pelo Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), órgão do Ministério Público, e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
ETA Luiz de Queiroz, em Piracicaba
Prefeitura de Piracicaba
Caminhões-pipa
Durante esse período de adequação da ETA Luiz de Queiroz e até que seja necessário durante a estiagem, a autarquia informou que uma transportadora de água potável que contratou vai atender os locais mais afetados pela falta de água na cidade.
Os caminhões abastecerão os reservatórios do Semae, dentro das regiões mais distantes afetadas.
“O Semae pede a compreensão dos moradores neste período de estiagem e recomenda a economia de água para aqueles que possuem reservação, para manter o abastecimento interno até a normalização da rede”, completou.
Confira a seguir medidas para economizar:
Verificar a parte hidráulica dos imóveis, a fim de evitar vazamentos;
Utilizar a água da máquina de lavar para limpeza de quintais;
Fechar a torneira ao escovar os dentes e se ensaboar no banho;
Lavar roupas com carga máxima da máquina de lavar;
Evitar lavar calçadas, quintais e veículos;
Para evitar o desabastecimento, é importante a reservação de água nas residências (caixa d’agua).
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