Com altas habilidades, menino de 7 anos descobre asteroide inédito em parceria com a Nasa no interior de SP


Morador de Ourinhos, Arthur Ruiz descobriu um asteroide na órbita do planeta Marte, que pode, em milhões de anos, passar muito próximo e até se chocar com a Terra. Neste sábado (10), é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), grupo que o “pequeno gênio” faz parte. Arthur descobriu um asteroide na órbita do planeta Marte, que pode, em milhões de anos, passar muito próximo e até se chocar com a Terra
Arquivo pessoal
Arthur Ruiz, morador de Ourinhos (SP) de apenas 7 anos, descobriu um asteroide na órbita do planeta Marte que pode, em milhões de anos, passar muito próximo e até se chocar com a Terra. A descoberta veio após esse “pequeno gênio” entrar na equipe Theta Mensae da Mensa Brasil, que participa da iniciativa Caça Asteroide do MCTI pelo programa Jovens Brilhantes da entidade.
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O programa analisa dados de imagens enviadas pelo ‘International Astronomical Search Collaboration’ (IASC) e pela Nasa de telescópios localizados nos Estados Unidos, que capturam diversas fotografias do céu noturno e as passam para análise dos cientistas.
O grupo é composto por crianças com altas habilidades do Brasil todo e um líder é responsável por encaminhar os dados igualmente para os membros da equipe e enviar o relatório realizado pelas crianças para a análise do IASC. Foi durante essas pesquisas e observações que Arthur revelou o asteroide inédito.
A descoberta entra em um período de análise, que pode durar entre três a cinco anos, para que sua órbita seja traçada.
Após esse momento, o nome proposto para o asteroide passará pela União Astronômica Internacional (IAU), que é a entidade responsável desde 1922 (e de forma reconhecida pela ONU) por este trabalho.
Ao ser questionado se possuía algum nome em mente para o asteroide, o menino diz que gostaria que se chamasse Arthur Ruiz, uma vez que foi ele quem o descobriu.
Arthur Ruiz, superdotado de Ourinhos (SP), foi responsável pela segunda descoberta brasileira dentro do programa Jovens Brilhantes.
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O feito de Arthur também foi reconhecido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que realizou uma live com a participação do fundador do IASC/Nasa, Patrick Miller, para saber mais sobre o “pequeno gênio” e seu trabalho.
Superdotação
Neste sábado (10), é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Altas Habilidades/ Superdotação (AH/SD), um grupo do qual o Arthur faz parte.
Para além de terem um alto número de Quociente de Inteligência (QI), são consideradas pessoas superdotadas aquelas que possuem uma alta potencialidade de desempenho em uma ou mais áreas em atividades intelectuais, linguísticas, artísticas, esportivas e tantas outras, podendo ser um fenômeno geral (múltiplos interesses) ou específico.
Arthur Ruiz, desde bebê, passou a dar sinais de que fazia parte desse grupo. Foi nesta época que os pais, Renata Ruiz e Daniel Ruiz, notaram características de capacidade cognitiva avançada. Com 1 ano e meio de vida, Arthur já lia letras e números em inglês e português e, com apenas 3 anos, já iniciou a escrita e realizava cálculos matemáticos simples.
O superdotado Arthur sempre se interessou por leitura, desde seus primeiros anos de idade.
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Com isso, a família resolveu submeter o filho a uma avaliação imersiva e multidimensional para investigar a superdotação. Na ocasião, foram feitos vários testes, incluindo a Escala Wechsler de Inteligência para Crianças – 4ª Edição (WISC IV), instrumento clínico de avaliação individual da capacidade intelectual com uma equipe renomada de Brasília (DF).
Após a avaliação, ficou constatado que Arthur demonstrou altas habilidades inatas para aprender com facilidade qualquer conteúdo, independente do nível de complexidade, possuindo superdotação profunda, com QI total de 150. Isso permitiu que Arthur se tornasse membro de sociedades de alto QI reconhecidas mundialmente, como a Associação Mensa Brasil e a Intertel.
Lidando com as Altas Habilidades e Superdotação
Atualmente, Arthur adiantou dois anos no currículo escolar e cursa o terceiro ano do ensino fundamental.
Ao mudar de escola no 1º ano do ensino fundamental, Renata Ruiz conta que sua nova escola foi extremamente acolhedora, oferecendo até mesmo uma capacitação com todos os funcionários da instituição para o atendimento de Arthur e outras crianças com a mesma capacidade cognitiva avançada.
A família de Arthur procurou especialistas para fecharem o diagnóstico do pequeno gênio.
Arquivo pessoal
No entanto, a mãe ressalta que a superdotação ainda é um tema pouco conhecido no Brasil, e que muitos profissionais de educação e psicologia desconhecem suas características.
“O conselho é procurar profissionais especialistas em superdotação/altas habilidades o quanto antes para evitar que a criança tenha prejuízo emocional e na educação pela não identificação de sua condição. Existem testes de superdotação a partir de dois anos e meio”, destaca Renata.
O diagnóstico, inclusive, ajudou a família a entender as características e os interesses atípicos para a idade que ele apresentava, além de reconhecerem a necessidade de uma estrutura escolar que permitisse o melhor desenvolvimento possível para o pequeno.
“A família compreende a intensidade no comportamento e interesses diferentes de Arthur, agindo com paciência, compreensão e muito amor. Aliado a isso, tentamos proporcionar tudo o que está ao alcance em relação à educação.”
Como toda criança, Arthur também gosta de praticar esportes e se dedica ao tênis, Karatê e natação. Para o futuro, os pais só desejam uma boa educação e desenvolvimento emocional para que, no futuro, ele consiga escolher uma profissão que o realize e seja feliz.
Arthur Ruiz conta com o apoio de sua família, trilhando passos para um futuro brilhante.
Arquivo pessoal
* Sob supervisão de Mariana Bonora.
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