A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse, nesta terça-feira (24), que o aumento das agressões físicas praticadas durante o processo eleitoral são uma demonstração de “ensurdecedor retrocesso civilizatório” e não serão toleradas pela Justiça Eleitoral.
“Política não é violência, é a superação da violência. Violência praticada no ambiente da política desrespeita não apenas o agredido, senão que ofende toda sociedade e a democracia”, afirmou Cármen.
A fala foi feita na abertura de sessão plenária da Corte.
Conforme a magistrada, a Justiça Eleitoral espera que os próximos “sejam dias de revisão de condutas dos que agridem a democracia brasileira e arranham a face cívica das pessoas de bem do país”.
Todas as condutas violentas que constituam infrações eleitorais ou crimes serão investigadas, seus agentes processados com prioridade e urgência qualificada, e a eles, aplicada a lei
Cármen Lúcia
A ministra também disse que oficiou a Policia Federal, o Ministério Público Federal e os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais para que priorizem casos de violência “que se vêm repetindo no processo eleitoral em curso e que afrontam até mesmo a nobilíssima atividade da política”.
Casos de violência e agressão foram vistos, por exemplo, no pleito à Prefeitura de São Paulo. Em dois debates com os candidatos, houve episódios de provocações e agressões físicas.
Em 15 de setembro, José Luiz Datena (PSDB) jogou uma cadeira contra Pablo Marçal (PRTB) após ser provocado pelo empresário. Na noite de segunda-feira (23), um assessor de Pablo Marçal (PRTB) agrediu o marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB) com um soco no rosto.
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