Deputado propõe criar Comissão Externa para acompanhar investigação sobre queda de avião em Vinhedo

O deputado federal Bruno Ganem (Podemos-SP) propôs a criação de uma Comissão Externa da Câmara para acompanhar as investigações da queda do avião da Voepass ocorrida na sexta-feira (9). O acidente aéreo vitimou 62 pessoas.

O pedido do deputado ainda será votado. Ele sugeriu que a comissão seja constituída sem custos adicionais para a Câmara, “utilizando os recursos já disponíveis e contando com a colaboração voluntária dos parlamentares e técnicos envolvidos”.

“A criação da Comissão Externa permitirá uma análise independente e transparente, garantindo que as informações sejam tratadas com a devida seriedade e que as famílias das vítimas recebam respostas adequadas”, afirmou o deputado na justificativa do pedido.

Ganem é integrante titular da Comissão de Viação e Transportes, colegiado que também deverá, na opinião do deputado, “acompanhar as diligências da investigação” do acidente aéreo.

Segundo ele, a Comissão Externa “terá a função de acompanhar in loco o acidente e propor melhorias nas normas de segurança aérea, baseando-se nos resultados das investigações, contribuindo para a atualização das regulamentações e prevenindo novos acidentes”.

As investigações das causas do acidente contam com auxílio de dez peritos da Polícia Federal enviados de Brasília, que atuarão junto aos peritos da PF em São Paulo e aos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB).

Acidente

Considerado o pior acidente aéreo no país desde 2007, a queda do avião em Vinhedo vitimou 62 pessoas. A aeronave despencou girando e caiu sobre um terreno ao lado de residências.

Segundo a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo, todos os corpos já foram retirados do local e foram para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.

Neste sábado (10), o Cenipa informou que já iniciou a análise e coleta de dados dos dois gravadores de voo, as chamadas caixas-pretas. O Centro afirma que deve divulgar, no prazo estimado de 30 dias, o relatório preliminar do acidente.

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