Criminosos usam vítimas de acidente aéreo para aplicar golpes

Criminosos usam vítimas de acidente aéreo para aplicar golpes

Criminosos têm usado nome, fotos e outros dados pessoais de vítimas do voo 2283 da Voepass para aplicar golpes. Na maior parte dos casos, perfis foram criados com o objetivo de pedir ajuda na supostas compra de passagens e até mesmo divulgação do “jogo do tigrinho” – caça-níquel virtual.

Nas publicações, os golpistas alegam que familiares estão com dificuldades para fazer o reconhecimento do corpo e divulgam vaquinhas para o translado, velório e enterro das vítimas. Somente envolvendo o nome de Isabella Pozzuoli foram encontrados dez perfis fake. Ela é a jovem que publicou uma foto na rede social pessoal minutos antes de embarcar. Os criminosos repostaram a foto e, até mesmo, imagens antigas com familiares dela. Tudo para alimentar os perfis e atrair seguidores.

Outro caso semelhante envolve a advogada Laiana Vasatta, outra vítima da tragédia. Em um dos perfis criados os criminosos divulgam jogos de azar e pedem ainda que as pessoas sigam um perfil do TikTok, também recém criado. Os exemplos de contas fake se multiplicam e sempre da mesma forma: foram criados menos de 24 horas depois do acidente. Como é o caso da pequena Liz Ibba do Santos, de três anos de idade. A menina embarcou no voo 2283 com o pai, Rafael Fernando. Ela iria passar o Dia dos Pais em Florianópolis (SC).

As próprias redes sociais envolvidas tem canais de denúncia que podem ajudar a derrubar as contas. Outro canal importante é a Polícia Civil, que disponibiliza o telefone geral (181) para receber denúncias ligadas ao compartilhamento de perfis falsos e aproveitadores do caos. É possível também entrar em contato direto com o Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) no telefone: 41 3304-6800.

(foto:reprodução)

Informação: Leonardo Gomes

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