Pai que matou filho com tiro na nuca é denunciado pelo Ministério Público de MT


Crime ocorreu em julho, denunciado responderá por homicídio duplamente qualificado. À esquerda, está Samuel Pires Barbosa e à direita está Rafael Campos Barbosa Nakamura
Reprodução
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio da Vara Única da Comarca de Cotriguaçu, denunciou Samuel Pires Barbosa, de 46 anos, por homicídio duplamente qualificado contra o próprio filho, Rafael Campos Barbosa Nakamura, de 23 anos. O crime aconteceu em julho, em Cotriguaçu, a 920 km de Cuiabá.
Para o MPMT, a morte ocorreu mediante motivo fútil, já que o denunciado tirou a vida da vítima por ela ter ido embora de casa. De acordo com o promotor de Justiça, Cristiano Felipini, “o tiro na nuca denota utilização de recurso que tornou impossível a defesa da vítima”.
Samuel está em prisão preventiva em Colniza e requereu a transferência da unidade, alegando que estaria sendo ameaçado. Segundo o MPMT, o juiz da comarca foi informado que o denunciado se encontrava na ‘cela do seguro’ e não corria risco nenhum, permanecendo então, na prisão onde está.
Relembre o caso
Rafael Campos Barbosa Nakamura morreu após ser baleado pelo pai, Samuel Pires Barbosa, na época com 45 anos, depois de fugir de casa por medo da conduta agressiva do pai. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Lucas Pereira.
Segundo o delegado, pai e filho teriam tido uma discussão e momentos depois o jovem tomou a decisão de sair de casa. Em seguida, o suspeito foi atrás do filho e atirou contra ele. Testemunhas relataram à polícia que o investigado tinha episódios frequentes de violência contra a família.
Segundo a Polícia Civil, no dia do crime, o homem se apresentou em uma delegacia da região e disse que o disparo teria ocorrido acidentalmente, no entanto, as investigações descartaram essa hipótese e comprovaram que o tiro foi proposital.
Após ser atingido, Rafael foi levado para um hospital do munícipio, mas precisou ser transferido para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado gravíssimo. Após quatro dias, os médicos decretaram morte cerebral no dia 22 de julho.
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