
O homem que ficou conhecido como “Sheik do Bitcoin” foi condenado a 56 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, pela Justiça Federal do Paraná. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira (10). O réu foi investigado por comandar um esquema de pirâmide financeira que envolvia investimento com criptomoedas.
A fraude movimentou mais de quatro bilhões de reais, entre 2018 e 2022, e prejudicou cerca de 15 mil pessoas. O “Sheik do Bitcoin” convencia as vítimas a investirem nas empresas, com promessa de grande retorno. Os valores entregues pelas vítimas eram utilizados para a compra de imóveis de alto padrão, carros importados, aviões, joias e outros bens de luxo. O dinheiro também era usado para viagens.
A sentença é do juiz federal Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba. Na decisão, o juiz avaliou que “o réu agiu com total desprezo em relação às pessoas que lhe confiaram as economias, muitas delas tendo aplicado tudo o que angariaram ao longo da vida de trabalho e sacrifícios, com a agravante de as vítimas terem convencidos parentes e amigos a também investirem nas empresas do acusado, pois ele condicionava a retirada dos valores com o aporte de outros investidores”.
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O “Sheik do Bitcoin” abriu mais de 80 empresas para diluir as responsabilidades dele em relação aos golpes. Quando um dos empreendimentos deixava de honrar com os compromissos, ele era encerrado. Os bens e valores apreendidos e sequestrados foram destinados ao Juízo da 2ª Vara de Falência e Recuperação Judicial de Curitiba, para o ressarcimento das inúmeras vítimas.
Outras cinco pessoas também foram condenadas. As penas variam entre 11 e 48 anos de prisão, de acordo com os crimes praticados. O “Sheik do Bitcoin” não poderá recorrer em liberdade. Ele está preso desde o início de agosto por ter descumprido medidas judiciais e, mesmo sob julgamento, continuou a cometer fraudes.
Foto: Reprodução
Informações: Cleverson Bravo