Líder de quadrilha que lavava dinheiro patrocinando times de futebol amadores já tentou ser vereador em Uberlândia, diz promotor


Segundo o promotor do Gaeco, o homem teve a candidatura impossibilitada pela Lei da Ficha Limpa, em 2020. A quadrilha foi alvo da operação “Liga dos Campeões” nesta terça-feira (13) e quatro pessoas foram presas em flagrante. Um dos presos durante a operação do Gaeco em Uberlândia
Polícia Civil/Divulgação
Um dos integrantes da quadrilha que foi alvo de 27 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (13) tentou se candidatar a vereador de Uberlândia em 2020. Segundo o promotor de Justiça Thiago Ferraz, responsável pela operação “Liga dos Campeões”, o homem é o líder da organização criminosa.
À TV Integração, o promotor disse que o homem, que não teve a identidade revelada, teve a candidatura impossibilitada pela Lei Complementar nº 135, de 2010, também conhecida como lei da Ficha Limpa.
“Foi identificado que essa pessoa pertence a maior facção criminosa do país, ramificada aqui em Uberlândia”, afirmou Thiago Ferraz.
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De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), quatro pessoas foram presas em flagrante com drogas e uma arma.
A ação busca combater crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro adquirido com práticas criminosas realizadas pela quadrilha, que ostenta vida de luxo e investe em times de futebol amadores de Uberlândia para lavar dinheiro.
Material apreendido durante a operação
Gaeco/Divulgação
Entenda o caso
A operação “Liga dos Campeões” foi realizada com apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Polícia Civil e da Polícia Militar (PM), com o propósito de desarticular a organização criminosa.
As investigações apontaram 17 pessoas físicas e 15 jurídicas suspeitas de serem usadas pelos integrantes da quadrilha para lavagem do dinheiro obtido por meio de diversas modalidades criminosas, em especial o tráfico de entorpecentes.
Segundo a Polícia Civil, tabacarias, prostíbulos, garagens de veículos, academias e automóveis de luxo também eram usados pela quadrilha para lavar o dinheiro vindo do tráfico de drogas.
Dez veículos, entre eles uma moto aquática e um quadriciclo, dinheiro e arma de fogo foram apreendidos. Além disso, em uma das academias investigadas foram apreendidos suplementos e anabolizantes.
Com as investigações também foi possível identificar que imóveis no Assentamento Fidel Castro eram usados em negociações da quadrilha.
De acordo com o Gaeco, os investigados ostentam um patrimônio incompatível com suas atividades, o que evidencia as ações de lavagem de dinheiro por meio da movimentação de veículos de luxo e patrocínios a clubes do futebol amador de Uberlândia.
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