Governador de região russa na fronteira com Ucrânia declara situação de emergência após bombardeios


Ataques diários feitos pelas forças armadas ucranianas destruíram casas e deixaram civis mortos e feridos, informou nesta quarta (14) o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov. Ucrânia expande ofensiva em solo russo
O governador de Belgorod, região da Rússia na fronteira com a Ucrânia, Vyacheslav Gladkov, declarou nesta quarta-feira (14) estado de emergência em toda a área por conta de bombardeios contínuos disparados por forças ucranianas, informou a agência Reuters.
“A situação na região de Belgorod continua sendo extremamente difícil e tensa,” disse Gladkov em um vídeo publicado no aplicativo de mensagens Telegram.
Os bombardeios diários pelas forças armadas ucranianas haviam destruído casas, matando e ferindo civis, segundo o governador local.
“Portanto, estamos tomando a decisão, a partir de hoje, de declarar uma situação de emergência regional em toda a região de Belgorod… com um apelo subsequente ao governo para declarar uma situação de emergência federal”, apontou.
Desde a segunda-feira (12), o governo da Rússia está retirando milhares de moradores de áreas de fronteira, como Belgorod e Kursk, em reação à invasão militar deflagrada pela Ucrânia há quase uma semana.
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Casa parcialmente destruída após incursão de soldados ucranianos na região russa de Kursk, em 7 de agosto de 2024.
MIC Izvestia / IZ.RU via Reuters
A Ucrânia avançou na região de Kursk para forçar a Rússia a recolocar tropas de onde estava ganhando terreno. Também na segunda, o governo de Kiev anunciou controlar mil quilômetros quadrados do território russo — uma área do tamanho aproximado do Rio de Janeiro.
A Rússia confirmou que 28 vilarejos caíram nas mãos dos soldados ucranianos. No início da semana, Moscou declarou que 12 civis morreram nos ataques e mais de 120 ficaram feridos.
O presidente Volodymyr Zelensky informou, na terça-feira (13), que as tropas ucranianas já ocuparam 74 cidades em uma semana – forçando a saída de 200 mil moradores em uma semana. E que a incursão vai atrapalhar o envio de novos contingentes russos para áreas ucranianas já ocupadas.
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