Força-tarefa do IML identifica 60 dos 62 mortos em acidente aéreo em SP


Passageiros e tripulação morreram por politraumatismo. Aeronáutica apura causas da queda. Polícia investiga responsabilidades. Dos 60, 30 corpos já foram liberados para as famílias. Imagem aérea mostra trabalho nesta quarta-feira (14) nos destroços do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) e matou as 62 pessoas a bordo na última sexta (9)
Reprodução/EPTV
A força-tarefa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificou nesta quarta-feira (14) 60 dos 62 mortos na última sexta-feira (9) no acidente aéreo com a Voepass em Vinhedo, interior do estado.
Dos 60, 30 corpos já foram liberados para as famílias. A maioria foi identificado por coleta de digitais e reconhecimento.
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Mais de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo, com apoio de equipes do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD. A retirada de corpos foi realizada por peritos do IC e IML, com apoio do Corpo de Bombeiros.
Os destroços da aeronave estão sendo reunidos e levados para a sede da empresa, em Ribeirão Preto, no Interior do estado. A VoePass informou que vai armazenar o material até que todas as famílias sejam indenizadas.
42 corpos já foram identificados pelo IML da capital
Os nomes dos mortos identificados não foram divulgados pelo IML. Segundo a reportagem apurou, entre as vítimas 27 vítimas liberadas para suas famílias estão:
DANILO SANTOS ROMANO, de 35 anos (piloto do avião da Voepass; morava em São Paulo e trabalhava na companhia aérea desde 2022);

DANIELA SCHULZ FODRA (fisiculturista e mulher do passageiro Hiales Carpine Fodra; morava em Naviraí, Mato Grosso do Sul);

HIALES CARPINE FODRA, de 33 anos (policial rodoviário federal e marido de Daniela Schultz Fodra; nascido em Moreira Sales, Paraná, morava em Naviraí, Mato Grosso do Sul);

HUMBERTO DE CAMPOS ALENCAR E SILVA, de 61 anos (copiloto do avião da Voepass)

JOSÉ CARLOS COPETTI, de 45 anos (gerente de logística, morava em Jacareí, no interior de São Paulo). Ele foi velado e será cremado em São José dos Campos, interior de São Paulo;

PEDRO GABRIEL GUSSON DO NASCIMENTO, de 26 anos (analista de pesquisa de mercado, morador de Bom Jesus dos Perdões, SP). Ele será velado e enterrado em Atibaia, no interior paulista;

RAFAEL FERNANDO DOS SANTOS, de 41 anos (programador e pai da menina de Liz Ibba dos Santos, de 3 anos; morava em Florianópolis)

TIAGO AZEVEDO BILER, 40 anos (engenheiro de produção estava em Cascavel a trabalho)
Familiares das vítimas identificadas já providenciaram os trâmites para as cerimônias de despedida delas em suas cidades. As identificações dos mortos foram feitas por reconhecimento de digitais e outros meios, como radiografias, exames odontológicos de arcadas dentárias, tatuagens etc.
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O IML aguarda documentos pessoais das vítimas não identificadas para fazer a liberação desses corpos para seus parentes.
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José Carlos Copetti, de Jacareí, estava no avião que caiu em Vinhedo
Arquivo pessoal
O voo 2283 da Voepass ia de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos, na Grande São Paulo. Todas as pessoas que estavam nele morreram.
A Aeronáutica apura as causas da queda da aeronave que atingiu duas residências no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Não há registro de vítimas entre moradores ou de quem estava no solo.
A Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha as investigações. A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições.
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Segundo especialistas ouvidos pela reportagem que viram vídeos do momento em que o avião caiu, entre as hipóteses para explicar o acidente está a possibilidade de que as asas da aeronave tenham ficado cobertas por gelo durante o voo, causando instabilidade e a queda.
De acordo com Humberto Alves Barbosa, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), no dia do acidente as temperaturas nas nuvens na região por onde a aeronave passou estavam em torno de -42º C.
“Isso tráz muita instabilidade do ponto de vista meteorológico pra qualquer aeronave dentro dessa situação”, falou o professor à TV Globo.
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Arquivo pessoal

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