Não há motivo para alarme em relação a mpox, afirma ministra da Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (14) que não há motivos para “alarme”, mas sim para “alerta” em relação ao vírus mpox.

“No momento, não há registro de uma grande preocupação, mas várias medidas podem ser tomadas, como alertas para viajantes e uma série de ações que devem ser feitas em situações como esta”, afirmou a ministra.

A fala ocorre após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, nesta quarta-feira (14), a doença como uma emergência de saúde global em decorrência do surto ocorrido na África.

A decisão foi tomada após a organização convocar seu comitê de emergência sobre mpox, devido a preocupações de que uma cepa mais mortal do vírus, o clado Ib, tivesse atingido quatro províncias da África anteriormente não afetadas.

A ministra da Saúde também informou que deve instituir um comitê de operações para acompanhar a doença.

“Nós vamos instituir um comitê de operação de emergência envolvendo o Ministério da Saúde, a Anvisa e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Já estávamos acompanhando a situação e tivemos uma reunião de especialistas há duas semanas, desde que os casos começaram a surgir”, complementou Nísia.

No ano passado, o Ministério da Saúde distribuiu 47 mil doses da vacina contra a mpox para grupos considerados prioritários em todos os estados e no Distrito Federal.

Em relação às vacinas, Nísia afirmou que inicialmente elas estavam direcionadas para um esforço de pesquisa, como preparação para uma eventual emergência. A ministra também disse que o Brasil deve estar preparado em caso de aumento na transmissão da doença.

“Devemos estar prontos para testes diagnósticos e para a vacinação, que certamente não será uma vacinação em massa, caso se faça necessário”, finalizou a ministra.

O que é mpox?

A mpox é uma doença causada pelo mpox vírus, do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. A transmissão do vírus para humanos ocorre por meio do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados com o vírus.

A doença pode se espalhar por contato próximo, como toque, beijo ou sexo, bem como por materiais contaminados como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.

Os principais sintomas são lesões na pele, que podem vir acompanhadas de febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox varia de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

As lesões na pele podem ser planas ou levemente elevadas e são preenchidas por um líquido claro ou amarelado. Conforme a doença evolui, elas podem formar crostas, que secam e caem. As lesões podem se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas também podem surgir em outras partes do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Não há motivo para alarme em relação a mpox, afirma ministra da Saúde no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.