Bancos são retirados de praça no Centro de Mogi das Cruzes


Quem frequenta a Praça Oswaldo Cruz, conhecida como Praça do Relógio, reclama da mudança e também da falta de guardas na base da GCM que existe no espaço. De acordo com a Prefeitura, os assentos serão substituídos por estruturas de alvenaria. Praça Oswaldo Cruz no Centro de Mogi das Cruzes está sem bancos
Larissa Rodrigues/g1
Os bancos da Praça Oswaldo Cruz, mais conhecida como Praça do Relógio, no Centro de Mogi das Cruzes, foram todos retirados. Segundo a Prefeitura, a medida foi tomada para que os equipamentos sejam substituídos.
No local, há aqueles que preferem a praça sem os bancos, mas, em sua maioria, a falta deles gera reclamações por parte de quem frequenta o espaço.
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O motorista Geraldo Lopes Pereira, 60 anos, diz que costuma frequentar o lugar, pelo menos, duas vezes por semana. Nos últimos dias, sentiu falta dos bancos.
“Enquanto isso, eu tenho ficado sentado na mureta mesmo. Os bancos são mais confortáveis e também ensinam a população a respeitar o ambiente, porque não pode ficar sentado na mureta, que ainda é suja. A impressão que dá é que a administração quer coisa fácil, porque é mais fácil tirar do que ter que fazer a manutenção sempre”, reclamou.
O motorista Geraldo reclama da falta de bancos na praça
Larissa Rodrigues/g1
Marcio Januario da Silva, 44 anos, é funcionário público e conta que costuma frequentar a praça sempre que vai ao Centro e aproveita para descansar no local. Sem os bancos, o descanso fica menos confortável. Por isso, diz que espera que os bancos sejam recolocados em breve.
Adilio Adriano, 78 anos, diz que vai à praça com frequência. “Eu sou aposentado, então, estou aqui sempre. Os bancos que estavam aqui, estavam todos quebrados. Eles fazem falta não só para mim, mas para todo mundo que vem aqui”, afirmou.
Aposentado reclama da falta de bancos e de segurança
Larissa Rodrigues/g1
Para ele, o lugar tem ainda outros problemas, como a falta de segurança. “Tem a base, mas não tem guarda e aqui precisava ter, pelo menos, um guarda de manhã e um de noite para tomar conta. Ninguém tem coragem de passar aqui à noite”, ressaltou.
Quem concorda é o serralheiro Jefferson de Souza Rodrigues, 37 anos. Ao lado de Maria Cristina Monteiro, 61 anos – que comanda uma barraca de cachorro-quente na praça – ele diz que a retirada dos bancos foi uma boa medida e ela concorda.
“Os bancos serviam como armas, porque os moradores de rua arrancavam as ripas e se batiam. Em um dia, um saiu jorrando sangue e, no outro, um saiu com o tornozelo quebrado, mas isso sempre acontecia. Eu não sei pra que tem essa base, se não tem guarda, isso é um desperdício do dinheiro da população” , reivindicou o serralheiro.
Maria Cristina diz que trabalha no local durante a noite, mas que fica com medo pela falta de segurança.
Frequentadores da Praça Oswaldo Cruz apontam que a base da Guarda Municipal fica vazia
Larissa Rodrigues/g1
O que diz a Prefeitura
Sobre os bancos, a Prefeitura – por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana – informou que eles foram retirados devido aos atos constantes de vandalismo. Disse ainda que serão substituídos por novos bancos de alvenaria, mais resistentes.
A pasta ressaltou ainda que o serviço é contínuo e, entre as etapas de retirada, confecção até a conclusão, a previsão é de que esteja finalizado em aproximadamente 30 dias.
“É importante ressaltar que qualquer intervenção do poder público somente trará efeitos duradouros a partir do momento em que houver conscientização por parte da população sobre a necessidade de se preservar o patrimônio público”, disse a nota envida pela Prefeitura.
Questionada sobre a falta de guardas na base da Guarda Civil Municipal (GCM) que fica na Praça Oswaldo Cruz, a Prefeitura não respondeu especificamente sobre o equipamento.
Mas, por meio da Secretaria Municipal de Segurança, disse que ampliou a presença da GCM na região central, com mais viaturas realizando rondas, tanto no período diurno quanto noturno, além de tomar outras medidas que incluem o Centro como um todo.
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