Técnico de enfermagem de Toledo é indiciado por suspeita de dopar paciente para roubar celular


Câmera de segurança registrou a entrada do profissional no quarto. Celular roubado era de acompanhante da paciente. Homem ficou em silêncio no depoimento, segundo a polícia. g1 tenta identificar a defesa dele. Técnico de enfermagem entra em quarto e dopa paciente para roubar celular, diz polícia
Um técnico de enfermagem de Toledo, no oeste do Paraná, foi indiciado por suspeita de dopar uma paciente para roubar o celular da acompanhante dela, informou o delegado da Polícia Civil Rodrigo Baptista Santos nesta quinta-feira (15).
O caso ocorreu no Hospital Bom Jesus. Câmeras de segurança registraram a entrada do suspeito no quarto. Assista ao vídeo acima.
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Segundo a polícia, a ocorrência foi registrada em 17 de maio deste ano. Uma mulher que acompanhava uma paciente no local, saiu do quarto, onde deixou o celular sobre uma cama ao lado da paciente, para comprar uma água de coco no andar superior do hospital.
Ao retornar ao quarto, segundo relato da acompanhante, a paciente estava se “debatendo e virando os olhos” e demorou para responder pelos chamamentos. Quando foi questionada sobre o que havia ocorrido respondeu que estava bem, mas que um enfermeiro aplicou um “liquido branco” nela.
De acordo com a investigação, a medicação aplicada não estava na lista de prescrição médica e o “liquido branco” ainda estava escorrendo pelo braço da paciente, momento que a acompanhante procurou pelo celular, deixado na cama ao lado, para registrar o ocorrido e não o encontrou.
Técnico de enfermagem entra em quarto e dopa paciente para roubar celular, diz polícia
Polícia Civil/Toledo
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Ao visualizar as imagens de câmeras de segurança, foi constatado que um funcionário do hospital, fora de sua área de atuação, entrou no quarto no intervalo de tempo em que a paciente ficou sem a acompanhante, porém não havia câmeras no quarto.
A Polícia Civil esclareceu que o caso é configurado como roubo porque foi aplicado o líquido para subtrair o celular. “Presume-se uma violência nessa ministração de medicamento para cometer a subtração, então torna-se roubo”, afirmou a polícia.
O homem foi indiciada por roubo com violência imprópria.
A acompanhante então registrou um Boletim de Ocorrência (B.O. ) que culminou na investigação.
Celular roubado foi vendido em rede social
De acordo com a investigação, o suspeito entrou e saiu do quarto três vezes, em uma delas houve o roubo. Depois de cometer o crime, o suspeito fez uma postagem na conta de uma rede social da esposa, anunciando o celular.
A investigação chegou a uma pessoa que comprou o item. Ela foi indiciada por receptação, uma vez que tinha conhecimento que o celular não tinha nota fiscal e estava bloqueado, “sinais claros de produto ilícito”, informou a polícia.
Segundo a polícia, o suspeito na companhia do advogado, permaneceu em silêncio no depoimento.
A esposa dele foi indiciada por receptação qualificada.
O que diz o hospital
Em nota o Hospital Bom Jesus informou que ouviu o relato da acompanhante e a orientou a realizar o Boletim de Ocorrência, junto à Polícia Civil.
O hospital informou ainda que recentemente a polícia solicitou as imagens de câmeras de segurança, bem como a identificação de quem teria mantido contato com a paciente, no período que a pessoa deu falta do aparelho celular.
A instituição informou ainda que o indiciamento, que a instituição tomou todas as medidas para o desligamento do funcionário da instituição.
“A Hoesp ainda ressalta que é referência no atendimento de alta complexidade de toda região e preza pela segurança dos pacientes, acompanhantes e profissionais da instituição”, diz trecho.
A instituição finaliza a nota afirmando que lamenta o ocorrido e que o profissional, agora desligado do hospital, “não representa o atendimento humanizado e de qualidade o qual prezamos na Hoesp. Condutas que não fazem parte da nossa missão de salvar vidas, quando identificadas, são passíveis do desligamento da instituição”.
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