Museu britânico recebe doação de cerâmicas chinesas no valor de R$ 7,4 bilhões

O Museu Britânico anunciou na quarta-feira (13) que receberá 1.700 peças de cerâmica chinesa mundialmente reconhecidas, avaliadas em cerca de 1 bilhão de libras (aproximadamente R$ 7,4 bilhões), na maior doação em seus quase 300 anos de história.

A coleção, que estava emprestada ao Museu Britânico desde 2009, foi doada pela Fundação Percival David. Entre os exemplares da coleção estão os “vasos David” em azul e branco de 1351, uma minúscula taça de porcelana para vinho do final do século 15 conhecida como “taça do frango”, um dos itens mais cobiçados da arte chinesa, e as “peças Ru”, artefatos que remontam ao final do século 11.

“Esta é a maior doação ao Museu Britânico em nossa longa história”, disse George Osborne, presidente do Museu. “É um verdadeiro voto de confiança em nosso futuro”.

Com a doação, o Museu Britânico afirmou que terá uma das mais importantes coleções de cerâmica chinesa de qualquer instituição pública fora dos países com influência chinesa, totalizando 10.000 objetos.

Nascido em 1892, Percival David foi um empresário britânico cuja paixão pela China o inspirou a estudar o idioma e colecionar cerâmicas — principalmente objetos de qualidade imperial ou de gosto tradicional chinês — para construir sua coleção particular.

O ministro das artes britânico, Chris Bryant, afirmou que a coleção “educará e iluminará as futuras gerações por muitos anos”.

O Museu Britânico informou que emprestará algumas das cerâmicas ao Museu de Xangai, na China, e ao Museu Metropolitano de Nova York para apoiar exposições nesses locais.

A porcelana foi produzida pela primeira vez na China por volta do ano 600 d.C., e é, de longe, a mais avançada do mundo. Os artefatos de cerâmica eram feitos para a corte imperial, para o mercado interno ou para exportação.

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