Tatu e porco-espinho: animais silvestres são vistos em áreas urbanas de Porto Velho


Registros foram feitos em locais diferentes da Zona Norte da cidade. A presença inusitada dos animais chamou a atenção de quem passava pelos locais. Porco-espinho é flagrado em área urbana de Porto Velho
Dois animais silvestres foram vistos “passeando” neste final de semana em áreas urbanas de Porto Velho. Os registros foram feitos em locais diferentes da Zona Norte da cidade. A presença inusitada dos animais chamou a atenção de quem passava pelos locais.
O primeiro flagra aconteceu no bairro São Sebastião I, quando os moradores receberam a visita inesperada de um porco-espinho. Nas imagens feitas por Adriel Campos, morador da região, é possível ver o momento em que o animal tenta entrar em uma igreja. (Veja o vídeo acima).
Porco-espinho flagrado em área urbana de Porto Velho
Adriel Campos
Segundo Adriel, o animal foi visto pela primeira vez em frente à sua casa, após descer de uma árvore. Logo depois, ele resolveu passear pelo bairro, até ser resgatado.
“Ele apareceu e ficou vagando pelo bairro durante dois dias até o resgate. Ele estava perdido na rua e depois foi entregue para os bombeiros”, disse.
Tatu é encontrado em área urbana de Porto Velho
Durante o final de semana, outro animal silvestre decidiu caminhar pela cidade. Desta vez, um tatu foi visto no Espaço Alternativo de Porto Velho. A presença do animal foi registrada por Maique Mendes, enquanto passava pelo local. (Veja o vídeo acima).
Ao g1, Maique informou que viu dois animais da mesma espécie, mas só conseguiu gravar um.
“Apareceu primeiro um menor que ele, daí demorou uns 10 minutos e apareceu esse outro que consegui gravar. Provavelmente é mãe e filhote”, ressaltou.
Segundo Maique, os animais apareceram na parte onde os frequentadores do local costumam estacionar os carros. Ao serem avistados, um voltou para a mata e o outro tentou seguir para a rua, mas recebeu uma ajudinha para voltar para casa.
“Ele estava indo em direção a rua daí fiquei com medo do carro atropelar ele e fui acompanhando ele até a mata novamente”, disse.
Ao g1, a bióloga Marcela Alvares informou que, além da busca por alimentos e a redução das áreas verdes, a mudança do clima também é uma das razões que contribui para a presença desses animais nas áreas urbanas da cidade.
“São diferentes fatores que vão desde as fortes-chuvas, a gente também tem a questão de algumas áreas alagadas, a gente teve um período de queimadas muito crítico que modifica o ambiente desses animais que estão imersos dentro dessa ilha verde, dentro dessa cidade, e que eles precisam migrar”, disse.
Segundo a bióloga, ao encontrar um animal silvestre, é importante manter a distância e esperar a chegada de ajuda especializada para fazer a retirada dele com segurança.
“O ideal é acionar os bombeiros, não tentar retirar, não tentar mexer, porque você pode, às vezes, criar um estresse e um risco para o animal e um estresse e um risco para você ao mesmo tempo”, ressaltou.
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